Santa Catarina se mantém como maior exportador de embarcações no Brasil

Santa Catarina vendeu US$ 30 milhões (de dólares) em barcos a motor para países como EUA e Itália nos últimos seis meses, apontam dados do Observatório Fiesc. Com isso, o Estado se mantém como o maior exportador de embarcações do Brasil. Mesmo com os bons números, o Governo, por meio da Secretaria da Indústria, do Comércio e do Serviço (Sicos), atua para atrair ainda mais empresas do segmento ao Estado.

O governador Jorginho Mello relembra que Santa Catarina concentra 70% da produção nacional de barcos a motor, se consolidando como o Primeiro Polo Náutico do Brasil. “Nós abrigamos mais de 20 empresas do mercado náutico em nosso litoral e temos incentivos do Governo que movimentam o setor, como o pró-emprego e o pró-náutica. Certamente os benefícios fiscais mostram-se como medidas acertadas para a expansão do setor náutico, e a colocação do estado no mercado internacional”, enfatizou.

 

Além dos Estaleiros (empresas os barcos são construídos), empresas de insumos e as maiores exportadoras de peças também tem sede em Santa Catarina e recebem mercadorias pelos Portos Catarinenses. Estes números representam hoje mais de 70% da produção da indústria náutica nacional.

De acordo com o secretário de Articulação Internacional, Juliano Froehner, Santa Catarina se consolida como o maior polo náutico brasileiro, e isso atrai a atenção de empresas internacionais interessadas em investir e se instalar no Estado em função da capacidade da mão de obra local viabilizar exportar produtos de alto valor agregado para mercados mais maduros e desenvolvidos, e pela facilidade de escoamento da produção. “A SAI atua diariamente para criar conexões e cooperações comerciais com empresas estrangeiras, e assim ampliar ainda mais a exportação. Além do comércio exterior, atuamos também no âmbito das relações internacionais e atração de investimentos, apoiando todas aquelas empresas que têm interesse em Santa Catarina.”

Entre os estaleiros que contribuem para movimentar a economia do segmento estão Schaefer Yachts, Fibrafort, Ferretti, Azimut, Okean e Sessa Marine. Algumas dessas empresas são estrangeiras e escolheram o Estado por conta dos benefícios fiscais, de localização e infraestrutura. Por exemplo, Santa Catarina é o único parque fabril da marca italiana Azimut fora da Itália.

Cenário catarinense

O setor náutico no Brasil voltou a crescer exponencialmente durante a pandemia e as previsões para os próximos anos são de fortalecimento de toda cadeia produtiva da Economia do Mar.

O diretor de indústria da Sicos, Anderson Anthony Linzmeyer enfatiza ainda que as associações náuticas como a Associação Náutica (Acatmar) e a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar), são parceiras e auxiliam no crescimento do mercado internacional náutico.

“Ações são realizadas com o Governo para participação de visitas técnicas em polos náuticos globais, encontros e seminários. Tudo isso fortalece parcerias ao setor náutico de SC, aliado aos incentivos fiscais concedidos pelo Governo por meio de programas tributários específicos. Há 15 anos, éramos responsáveis por 20% a 25% da produção nacional, hoje chegamos a 70%”, complementa.

Pró náutica e Prodec

O Pró-Náutica é um incentivo fiscal instituído pelo Governo do Estado em 2009 para fomentar a indústria de embarcações de esporte e recreio. Entre os benefícios, prevê a redução da carga tributária do ICMS até 3,5% e diferimento dos prazos para recolhimento do imposto sobre compra de matéria-prima, máquinas e peças, entre outros.

O Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec), tem como finalidade conceder incentivo à implantação ou expansão de empreendimentos industriais, que vierem produzir e gerar emprego e renda no Estado de Santa Catarina. Trata-se de incentivo, a título de financiamento, equivalente a um percentual pré-determinado sobre o valor do ICMS a ser gerado pelo novo projeto.