Santa Catarina bateu mais um recorde na exportação de suínos em maio. Notícia positiva também no caso da soja, que alcançou índice inédito de vendas ao exterior no mês. O preço médio do boi gordo e do arroz também podem ser comemorados. Todos esses dados estão no Boletim Agropecuário de junho da Epagri.
O documento, que é feito todo mês pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri/Cepa, com a análise dos principais produtos agrícolas catarinenses, mostra que o estado exportou 51,72 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em maio. Houve uma alta de 46,1% em relação ao mês anterior e 35,3% acima do volume exportado em maio de 2019.
O faturamento do mês foi de US$ 113,60 milhões, alta de 41,5% em relação ao mês anterior e de 44,4% na comparação com maio de 2019. Esses montantes representam um recorde histórico de exportações de carne suína em um mês, tanto em valor como em quantidade.
Nos primeiros cinco meses de 2020, a exportação catarinense de carne suína teve alta de 18,5% em quantidade e de 40,9% em valor, na comparação com o mesmo período de 2019. O Estado foi responsável por 51,8% das receitas e 52,5% da quantidade de carne suína exportada pelo Brasil neste ano.
O frango catarinense também seguiu recuperando mercado externo em maio, mas abaixo do volume alcançado ano passado. No mês passado, Santa Catarina exportou 96,54 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada). Houve uma alta de 28,5% em relação a abril, mas queda de 33,5% na comparação com maio de 2019.
As receitas, por sua vez, atingiram o montante de US$ 145,25 milhões, alta de 18,9% em relação a abril e queda de 40,8% na comparação com maio de 2019. De janeiro a maio, as vendas catarinenses de carne frango ao exterior chegaram a 423,18 mil toneladas, com faturamento de US$ 695,44 milhões, queda de 32,6% em quantidade e 35,7% em valor na comparação com o mesmo período de 2019. O estado foi responsável por 26,2% das receitas geradas pelas exportações brasileiras de carne de frango neste ano.
O preço médio do boi gordo em Santa Catarina nas primeiras semanas de junho é 0,4% superior ao mês anterior e 21,7% acima do valor pago em junho de 2019. Já no caso do leite, o preço médio de maio pago aos produtores catarinenses deve ficar bem abaixo do de abril.
Além disso, as indústrias estão estimulando a redução da produção. Mesmo em plena entressafra e com redução da produção pela estiagem, alegam que o mercado não absorve a produção atual e os estoques são crescentes.
Grãos
Segundo o Boletim Agropecuário da Epagri/Cepa, os embarques catarinenses do complexo soja, de janeiro a maio, somaram mais de 1,15 milhões de toneladas, volume recorde registrado desde 2015. Os preços pagos pelo grão também evoluíram em Santa Catarina, com alta de 9,57% na relação entre maio e abril, e de 33% na comparação entre os meses de maio de 2020 e de 2019. Desde fevereiro a alta dos preços foi de 23%.
Preços do arroz em casca e beneficiado também estão em alta no Estado. Outra boa notícia é o crescimento da produção e produtividade na safra 2019/20 do cereal em relação ao período agrícola anterior.
No mês de maio, os preços pagos aos produtores de feijão-carioca permaneceram estáveis nos estados da região Sul. Para os produtores de feijão-preto, a variação de preços entre os meses de abril e maio foi positiva em 16%. Essa alta nos preços é motivada, sobretudo, pela baixa oferta de produto, resultado dos prejuízos causados pela estiagem prolongada que comprometeu a segunda safra de feijão, especialmente no Sul do país.
O início da colheita da segunda safra de milho no Centro-Oeste brasileiro, que responde por 70% da produção nacional, aumenta a oferta do produto no mercado, o que deverá pressionar os preços para baixo nos próximos meses. Em maio, a média mensal do preço do milho em Santa Catarina foi de R$43,05/sc de 60kg, 1,9% inferior à de abril e 18,7% à de maio de 2019.
Cerca de 25% das lavouras de trigo já foram implantadas em Santa Catarina, com condições consideradas muito boas para todas as regiões produtoras. A pouca oferta para venda no mercado interno e a demanda aquecida têm sustentado os preços nacionais em patamares favoráveis para os produtores.
Quer ver a íntegra do Boletim Agropecuário de junho da Epagri? Acesse o documento aqui.