As mensagens divulgadas pelo deputado Jessé Lopes (PSL), na manhã de segunda-feira, 25, em um mal arranjado jogo de palavras que sugeria que o governador Carlos Moisés (PSL) teria engravidado uma secretária da Casa Civil demonstra o quanto a política catarinense e brasileira precisa amadurecer. Jessé voltou atrás, apagou as mensagens, e como se fala no dito popular, a emenda saiu pior que o soneto. Na justificativa disse que a mensagem fazia referência ao escândalo dos respiradores e que a analogia teria sido mal interpretada.
Mas o estrago já estava feito e a mensagem que circulou pelas redes, muitas delas impulsionadas por apoiadores do deputado, vinham acompanhadas com a foto de uma moça, dando a entender que a malfadada analogia com os respiradores foi, na verdade, uma desculpa esfarrapada.
O governador Carlos Moisés se manifestou em nota e repudiou as afirmações de Jessé e afirmou que tomará providências na Justiça. O presidente da Alesc, Júlio Garcia (PSD), também emitiu nota afirmando que “aos parlamentares cabe debater idéias e projetos” e que a presidência não compactua com atitudes que venham ferir a honra das pessoas.
De tudo isso, se depreende, além da pouca liturgia que o cargo exige, o deputado Jessé utilizou de um péssimo expediente para tentar atingir o governador ao colocar a mulher como um objeto dos poderosos.
Leia a coluna na versão impressa: coluna 26052020
Suspendeu
A Alesc anunciou que suspendeu todas as atividades até a próxima segunda, dia 1, um caso confirmado entre servidores e outros quatro suspeitos. As sessões presenciais foram retomadas no dia 5 de maio.
Apoiado
Até o momento, a tática tem se mostrado efetiva, uma vez que a ocupação de UTI em SC é uma das menores do Brasil em torno de 60%. O Estado tem 6.875 casos confirmados e 109 mortes. O maior ponto de atenção é o Oeste, que lidera o número de casos.