Militares e governo de Santa Catarina não chegam a consenso sobre reposição salarial

As negociações entre militares e Governo do Estado encerraram nessa segunda-feira sem grandes avanços. Lideranças da categoria deixaram a reunião com representantes do governo no fim da tarde desta segunda-feira (2) afirmando que a tendência é não aceitar a proposta para negociação salarial. Foram duas rodadas de conversa, a reunião que começou pela manhã foi interrompida para análise da proposta apresentada pela categoria e só foi retomada as 16 horas.

As partes estão em negociação desde o início de fevereiro, mas ainda não chegaram a um consenso. O governo manteve a proposta já rejeitada pela categoria, de uma reposição salarial média de 17,5%. A única mudança foi uma alteração no cronograma de pagamentos. O governo ainda sinalizou com a incorporação da Indenização por Regime de Serviço Público Ativo (IRESA), uma demanda antiga da categoria que passaria a ser paga como parte do subsidio mensal.

Os militares sustentam que não têm reposição salarial desde 2013 e que as perdas do poder de compra chegam a 38,96% no período. Na contraproposta apresentada na manhã desta segunda, os agentes da segurança pediram uma reposição de 22,06%, já com a incorporação da Iresa. Mas saíram da reunião sem grandes expectativas de reverterem o quadro.

“Saímos daqui desmotivados. Lutamos muito, mas não conseguimos avançar. Agora é a categoria que irá decidir, mas a tendência é de não aceitar”, destacou o presidentr da APRASC, João Carlos Pawlick. “Importante destacar que não há ganhos reais nessa proposta”, emendou Pawlick.

O governo deu prazo para categoria apresentar um posicionamento formal até a próxima quarta-feira, dia 5. Caso a proposta seja aceita um projeto de lei deve será encaminhado à Alesc já nas próximas semana.

Segundo o secretário de administração, Jorge Tasca, o pedido de 22% com a incorporação da Iresa acaba maquiando o pedido de reajuste, o que elevaria o reajuste para além das perdas alegadas. “Eles pedem 22% após a incorporação da Iresa, que incide sobre férias, décimo terceiro e afastamento medico, isso que faria com que, na realidade, tivessem um reajuste que pode chegar a 41%”, afirmou.

A proposta

A proposta apresentada pela Associação dos Praças de Santa Catarina (APRASC) pedia 22% de reposição inflacionária, pagas em quatro parcelas – março e outubro de 2020 e janeiro e outubro de 2021. Além disso, a categoria reivindica a incorcoporacão da Iresa (Indenização por Regime Especial de Serviços Ativos), que hoje é paga somente para quem está na ativa e a reestruturação do plano de carreira. Os militares também não concordam em perder a promoção automática ao ingressar na reserva.

O governo ofereceu uma reposição média de 17,5% com cronograma de pagamento em quatro parcelas março de 2020, janeiro de 2021, setembro de 2021 e janeiro de 2022.
render quais categorias q devo marcar para os posts, ainda nao entendi muito bem isso

Por Fábio Bispo