Deputado propõe CPI sobre concurso da Polícia Militar

O deputado Kennedy Nunes (PSD) anunciou na sessão desta quinta-feira (10) que vai pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias sobre o concurso público para a Polícia Militar de Santa Catarina, realizado em 11 de agosto. Ele disse que recebeu de parlamentares do Acre a informação de que a empresa que aplicou as provas por aqui foi banida do Norte do país por causa de fraudes que teria cometido.

Segundo o parlamentar, a empresa teria até mudado o CNPJ e trocado o nome de Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (FunCab) para Instituto Carlos Augusto Bittencourt (InCab). Kennedy acredita que a CPI servirá também para preservar a imagem da PMSC, que não teria “responsabilidade sobre os vários problemas denunciados pelos candidatos que fizeram a seleção”.

 

Atualização – Ao final da tarde desta quinta-feira, nossa reportagem recebeu a informação de que o deputado Kennedy Nunes já conseguiu reunir o número necessário de assinaturas para a abertura da CPI.

 

Resposta da PMSC

 

A reportagem do SCPortais tentou fazer contato com o comandante-geral da Polícia Militar catarinense, coronel Araújo Gomes, sem êxito. Por meio do Centro de Comunicação Social (CCS), a PMSC enviou a seguinte resposta:

“A respeito da abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a Polícia Militar de Santa Catarina, até o momento, não foi notificada formalmente. A contratação da empresa para a realização do concurso para ingresso de soldados ocorreu por processo licitatório e a empresa vencedora apresentou toda a documentação exigida, bem como não houve impugnação por parte das outras empresas que concorreram na licitação.”

A nota foi assinada pelo 1º Tenente PM Marcos Rocha Castro,  Chefe de Jornalismo do CCS. 

 

Curiosidade política

Foto: Rodolfo Espínola / Agência AL

 

Chamou a atenção o fato de Kennedy Nunes, ainda na tribuna, ter convidado o deputado Sargento Lima (PSL) para presidir a CPI, caso ela venha a acontecer. O autor da proposta alegou não ter condições de conduzir os trabalhos em função da sua gestão à frente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

Detalhe: os dois parlamentares têm base eleitoral em Joinville e seus respectivos partidos pretendem disputar a prefeitura da cidade em 2020.