Os catarinenses pagam mais caro para viajar por Santa Catarina do que pelo Paraná. O transporte intermunicipal catarinense é regido por uma lei ultrapassada, concedido a empresas que não apresentam ofertas de atendimento de novos horários e novas localidades e que formam um monopólio que não permite a operação de novas empresas. E a fiscalização disso tudo depende do poder Executivo estadual.

Essas são algumas das justificativas apresentadas pelo deputado Bruno Souza (sem partido) para uma proposta que visa tornar o setor mais barato, mais competitivo e mais livre. A intenção é mudar completamente o mercado, caracterizado pelo monopólio de empresas privadas que ganham do contribuinte cerca de R$ 400 milhões por ano em tarifas que são, em média, 80% mais altas do que as cobradas para outros estados. Além disso, desde 1980 não se abrem concorrências para novas concessões.

Para se ter uma ideia, de Florianópolis para Joinville, um percurso de 180 km com duas horas de duração, o passageiro paga R$ 64,00. Para Curitiba, a 305 km de distância da ilha, o custo fica em R$ 60,00. Ou seja, um trecho maior e para fora do estado fica mais barato.

“O primeiro passo foi dado no mês passado com a apresentação da proposta para os secretários da Casa Civil, Douglas Borba, e de Infraestrutura, Carlos Hassler, que demonstraram grande interesse pelo tema. Com o sistema proposto em vigor, a qualquer momento outras empresas poderão requerer autorização para atender novos horários e localidades. O passageiro vai ganhar com a redução dos valores da tarifa e melhora na qualidade do serviço através da concorrência entre empresas”, defende Souza.

 

(Da Assessoria, editada)