O SCPortais explica: é um conceito que inclui o isolamento e cuidados sanitários e profiláticos dos plantéis para evitar que se contaminem com organismos patogênicos. Trata-se da estruturação da produção em compartimentos, que mapeiam e isolam plantas e estruturas de granjas e tem como objetivo a prevenção e a biosseguridade com a redução do risco de introdução de agentes causadores de doenças no plantel. É um sistema de produção fechado, no qual os ovos, os pintainhos, o abate, os caminhões de ração – tudo deve circular dentro desse compartimento. O frango precisa nascer, desenvolver-se e ser abatido dentro de uma unidade geográfica. Com isso, são dadas garantias aos países importadores, assegurando que o risco é insignificante para as importações de produtos avícolas brasileiros de regiões não afetadas.
Pois Santa Catarina tem a primeira compartimentação da avicultura de corte do mundo, uma importante etapa no aperfeiçoamento dos controles sanitários. O Ministério da Agricultura, a Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) promovem nesta segunda-feira (26), na sede da Federação das Indústrias (Fiesc), solenidade de certificação da unidade catarinense da Seara, localizada em Itapiranga.
O evento tem confirmada a presença do ministro Blairo Maggi, da Agricultura, e entidades do agronegócio. Presidente da ACAV e diretor de Agropecuária da Seara, José Antônio Ribas Júnior assinala que este é um importantíssimo avanço para a avicultura catarinense e brasileira. As primeiras certificações de compartimentação no mundo estão sendo concedidas para as unidades de frango de corte da Seara Alimentos e de genética de ovos da Hy Line, de Nova Granada (SP). A Seara foi pioneira em aderir à iniciativa proposta pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e pelo Ministério da Agricultura, em 2007, com apoio da ABPA, Cidasc e governo de Santa Catarina.
Ribas destaca que a adoção da compartimentalização representa um avanço ainda maior no sistema de proteção da cadeia industrial da avicultura brasileira, já considerada uma das mais avançadas do mundo. Lembra que todos estão comprometidos com um programa de prevenção e controle: governo, empresas avícolas e criadores. Regiões de alta produção de aves, como o grande Oeste catarinense, devem adotar a compartimentalização.
A expectativa é que com esse modelo produtivo a reação a eventos epidemiológicos seja mais rápida e de mais fácil controle, reduzindo os impactos econômicos gerados e dando maior segurança sanitária à cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, por estar isolado, o sistema compartimentado proporciona melhores garantias de continuidade das vendas internacionais em caso de eventualidades sanitárias. “Sem a compartimentação, um foco de doença em qualquer parte do território nacional pode trancar toda a exportação brasileira de carne de frango”, explicou.
Esforços nessa direção já estavam sendo feitos nos últimos anos com a regionalização da avicultura brasileira, em atendimento a diretrizes do Código Zoosanitário da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), estabelecida como medida para reduzir o impacto sobre a produção avícola diante da possível ocorrência de um foco de doenças da antiga lista A (Influenza Aviária, Newcastle).
(Editado por Andréa Leonora, com informações da MB Comunicação)