Maioria da bancada catarinense apoiou congelamento de salário dos servidores públicos

A votação que manteve o veto presidencial, congelando os salários de servidores públicos teve o sim de 14, dos 16 deputados da bancada catarinense na Câmara. Somente Pedro Uczai (PT) e Carmen Zanotto (Cidadania) foram contrários ao veto. Nesta sexta-feira, 21, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) encaminhou ofício em agradecimento aos deputados que se posicionaram pela manutenção do veto.

Na quinta-feira (20), os senadores votaram pela rejeição do veto por 42 votos a 30. No entanto, um veto só pode ser derrubado com maioria absoluta no Senado e Câmara. Com apoio de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o veto presidencial foi mantido. No total, 316 deputados federais votaram pela manutenção do veto e 165 foram contrários.

Como votou a bancada catarinense

 

Votaram pela manutenção do veto, ou seja, foram contrários ao aumento dos servidores os seguintes deputados da bancada catarinense: Ângela Amin (PP), Carlos Chiodini (MDB), Coronel Armando (PSL), Caroline de Toni (PSL), Darci de Matos (PSD), Daniel Freitas (PSL), Celso Maldaner (MDB), Fábio Schiochet (PSL), Gilson Marques (Novo), Hélio Costa (Republicanos), Geovânia de Sá (PSDB), Ricardo Guidi (PSD), Rogério Peninha (MDB) e Rodrigo Coelho (PSB).

Daniel Freitas, um dos 14 parlamentares de SC contrários ao aumento de salário dos servidores comemorou a vitória do governo e disse que esta, acima de tudo, foi uma vitória dos brasileiros.

“Diante do cenário catastrófico ontem na votação no Senado, mostramos hoje que esse absurdo não deve ser aprovado de jeito nenhum. Devemos ter responsabilidade fiscal para que o governo consiga seguir com os auxílios aos estados, municípios e empresas brasileiras na crise”, disse Freitas.

Voto vencido, Carmen Zanotto disse que tentou permitir aos prefeitos e ao governador aumentar o salário dos profissionais da linha de frente do combate a covid-19 se entendessem esta necessidade.

“Eu sempre disse que a enfermagem, os trabalhadores da linha de frente nesta guerra, mereciam mais do que aplausos. Merecem, sim, todo reconhecimento e solidariedade, mas em alguns casos, precisam da revisão dos seus vencimentos”, disse Zanotto.

A parlamentar de Lages não recebeu o ofício da Fiesc. O deputado bolsonarista, sim. No documento, o presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, disse que a manutenção do veto está alinhada ao pensamento dos industriais catarinenses.

“Consideramos que, a exemplo da grande maioria dos brasileiros, também os trabalhadores do setor público devem dar sua parcela de colaboração no enfrentamento da atual crise. Neste momento, todos os esforços devem estar voltados à garantia de saúde à população e à busca de alternativas para promover a retomada da economia”, escreveu Aguiar.