Liberação do comércio

Se confirmados os movimentos dos últimos dias, a segunda-feira para os catarinenses será de reabertura do comércio de rua. Este é o segmento mais esperado para ser liberado da quarentena que se impõe desde o dia 18 de março. Nas última semanas, aos poucos, o governo liberou o setor da Construção Civil, depois os autônomos e por último o segmento automotivo. A abertura do comércio, desta vez, diferente daquele primeiro movimento que chegou a ser anunciado e o governador Moisés teve que recuar, vem acompanhado de um mínimo de respaldo técnico. O Estado conseguiu chegar até o atual ponto da pandemia com leitos sobrando e com um acompanhamento de toda a construção dessa alternativa com acompanhamento de perto do Ministério Público. Ainda faltam aparar algumas arestas e o governador vai precisar de pulso firme para não cair nas armadilhas do libera-geral. A nova conduta segue as orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, que embasam a tomada de decisão. Durante entrevista coletiva esta semana, o governador disse que o comércio quer voltar a trabalhar e já se dispôs a aceitar as imposições de distanciamento feitas pelo governo. O retorno das atividades, muito provavelmente, estará condicionado a um esquema mais rígido de funcionamento. Com obrigatoriedade do uso de máscaras e demais equipamentos de proteção por todos os trabalhadores. Moisés não pode perder de vista que o estado tem mais de 500 casos confirmados e 18 mortes. O número de mortos triplicou em poucos dias e os casos confirmados segue crescendo em escala geométrica.

Pesca liberada

A pesca de arrasto no litoral catarinense está liberada a partir desta sexta-feira, 10. A autorização foi dada pelo Governo do Estado e traz uma série de exigências para se evitar a contaminação com o novo coronavírus. Com a liberação, está autorizada também a permanência de pescadores na praia. “Este é o tipo de pesca mais antigo e tradicional do litoral catarinense, que envolve cerca de 5 mil pessoas na atividade.”, disse o secretário de Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa.
Respiradores

O senador Dário Berger (MDB) solicitou a Anvisa a liberação emergencial das licenças necessárias para a fabricação e comercialização de respiradores desenvolvidos por engenheiros catarinenses, em parceria com a empresa Autom e a Cruz Vermelha, em Santa Cecília. De acordo com o senador, os aparelhos projetados em SC custam em média 95% menos do que os disponíveis hoje no mercado.

Covid-19 no sistema prisional

O sistema prisional catarinense está lidando com o risco de contaminação do novo coronavírus. Segundo o Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap), 23 presos estão isolados com sintomas da Covid-19. Além disso, uma dentista do sistema na Capital foi confirmada com a doença e 27 funcionários são monitorados. Espera-se uma atuação impecável das autoridades, pois a contaminação nos presídios seria um problema dramático.

Ciência Vs coronavírus

Um grupo de engenheiros e matemáticos da UFSC e da Univille preparou uma análise técnico-científica apontando significativa expansão da Covid-19 em Santa Catarina. De acordo com os pesquisadores, é possível observar um aumento expressivo nos casos da Covid-19 em função da retomada parcial das atividades. O estudo foi encaminhado ao reitor da UFSC, Ubaldo Cesar Balthazar e também vai chegar ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Será que é mesmo a hora de encerrar o isolamento?

Fique em casa

A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) está monitorando a obediência dos catarinenses ao isolamento social. Para isso, a PM coleta os dados de localização dos celulares desde o início das medidas restritivas. Em 18 de março, quando passou a valer o decreto estadual, 62% das pessoas não fizeram grandes movimentações. Na última semana, pouca variação, 64,6% adotou o distanciamento social. Para o comando da PM, estamos em padrões aceitáveis de isolamento na maior parte do estado.

Lista Suja

Em nova edição do Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo, publicada em abril, Santa Catarina ainda figura com pelo menos três empresas nas cidade de  Rancho Queimado,  Vidal Ramos e Lages. Os três empreendimentos empregam 46 pessoas.

Jornalistas
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