Estratégia aprovada

A reforma da Previdência está em tramitação na Câmara dos Deputados e é destaque praticamente diário na imprensa. Posições favoráveis e contrárias se sucedem e ainda há muito desconhecimento sobre seu verdadeiro teor. Um dos destaques tem sido sobre a estratégia do Executivo para aprovar a matéria. Segundo os jornais do centro do país, estariam sendo negociados cargos do segundo escalão do governo em troca de apoio no Congresso Nacional. A Coluna Pelo Estado ouviu os três senadores catarinenses sobre o assunto em busca de uma resposta: esse tipo de negociação põe em risco a independência do governo Bolsonaro? Veja o que pensa cada um:

 

 

Dário Berger (MDB-SC): “Primeiramente, independente de governo, farei o que sempre procurei fazer: agir e representar meu Estado de forma equilibrada, coerente e sensata, buscando o melhor para Santa Catarina estado e o Brasil. Não tenho e não quero nenhum cargo no governo federal ou estadual. As pautas importantes para o desenvolvimento do país receberão meu voto conectado com os interesses maiores do povo catarinense. Além disso, espero e acredito que o presidente respeitará as prioridades do Brasil e especialmente de Santa Catarina, como a conclusão das obras de infraestrutura, a exemplo das BRs 470, 280, e 282, além de tantas outras de relevante importância para o nosso desenvolvimento e que estão inacabadas.”

 

 

 

Esperidião Amin (PP-SC): “Não. De jeito nenhum. O presidente está agindo corretamente, de maneira republicana, tratando com muita responsabilidade de um assunto que é prioridade para o Brasil, que é a reforma da Previdência. E ele mesmo tem dito que o tamanho da reforma vai ser decidido pelo Congresso. Portanto, está agindo dentro do espírito democrático, respeitando o Estado Democrático de Direito e está fazendo o seu papel ao defender algo que não é nem específico de seu governo. Todos os últimos presidentes tentaram a reforma da Previdência. Não é uma reforma para o governo, mas para o Brasil. Eu aplaudo a forma e o conteúdo do que o presidente está fazendo.”

 

 

 

Jorginho Mello (PR-SC): “Não tenho qualquer conhecimento dessas tratativas. Defendo que todas as pessoas que estejam ocupando os cargos dentro do governo federal ou estadual tenham capacidade técnica e sejam ficha-limpa para todas as funções. É preciso colocar o Brasil e o futuro dos brasileiros acima de qualquer interesse pessoal.”

 

Matéria de abertura da Coluna Pelo Estado de 18/04/2019. Leia as demais notas em http://www.scportais.com.br/colunista/