Políticas públicas para conter dramas da sociedade brasileira

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) será a responsável por propor políticas públicas de combate e prevenção ao suicídio, à automutilação e à violência contra a mulher. O material de base está sendo tirado em uma rodada de cinco seminários que tratam desses temas, todos promovidos pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) em cada uma das regiões do país. Ontem foi a vez de Santa Catarina receber o evento que envolveu também representantes dos estados vizinhos, Paraná e Rio Grande do Sul. Foram nas regiões Centroeste e Norte, e os dois próximos serão no Sudeste e no Nordeste.

As informações são do presidente da Unale, o deputado catarinense Kennedy Nunes (PSD), que tem acompanhado todos os seminários. A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, fez a palestra de abertura e chamou a atenção para o fato de o suicídio ser a quarta causa de mortes no Brasil. Considerando todos os países do mundo, já é a segunda causa de óbitos evitáveis. No mês de novembro, da Bahia, acontece a Conferência Nacional da Unale. É quando serão entregues à FGV as propostas tiradas nos seminários regionais compiladas pelos técnicos dos Legislativos estaduais, dos ministérios da Justiça, da Cidadania, da Saúde, da Educação e dos Direitos Humanos, do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público. Leia matéria completa em www.scportais.com.br

 

Ideologia de gênero

 

Foto: Andréa Leonora/CNR-SC

 

Durante a entrevista coletiva concedida antes da abertura do Seminário Regional de Promoção e Defesa da Cidadania, promovido pela Unale, a ministra Damares Alves teve um momento de irritação. Ela foi informada por um repórter que o governador Carlos Moisés, em resposta a pressão de deputados, disse que vai conversar com a Secretaria de Educação para que questões de gênero não sejam tratadas nos níveis Infantil e Fundamental. “Ele ainda vai conversar? Foi promessa de campanha dele e do presidente Bolsonaro”, disparou Damares. E completou que “ideologia de gênero é uma violência contra a criança. É preciso entender que não estou falando de diversidade sexual. Trata-se de uma teoria sem nenhuma comprovação científica.”

 

Ainda o seminário da Unale Entre os parlamentares presentes ao Seminário Regional de Promoção e Defesa da Cidadania, realizado ontem, em Florianópolis, também teve a participação da deputada Marlene Fengler (PSD). Ela falou que os relatos sobre violência contra mulheres crescem dia a dia no Brasil. Em Santa Catarina, do dia 1º de janeiro até ontem, foram registrados 38 feminicídios. A parlamentar foi mediadora no grupo de trabalho sobre o tema e destacou entre as sugestões a necessidade de integração da rede de proteção a mulher vítima de violência e o fortalecimento de políticas públicas de enfrentamento ao problema.

 

Berlinda A vice-governadora, Daniela Reinehr tem sido a personagem principal de uma série de reportagens publicadas pelo jornal Notícias do Dia, do Grupo RIC. Na edição de quarta-feira (28), a matéria assinada pelos jornalistas Vanessa da Rocha e Lúcio Lambranho, o destaque foi para os gastos só com a casa oficial no primeiro semestre. Foram R$ 292,5 mil, incluindo despesas com funcionários, com a empresa Orcali de mão de obra terceirizada e com a empresa Costa Oeste Serviços de Limpeza. Só de energia elétrica foram mais de R$ 7,7 mil, isso sem falar em compra de móveis e equipamentos, além de registros que estão em nome de pessoas físicas e cujo uso não se sabe.

 

Na edição de ontem, a reportagem assinada pelo jornalista Marcelo Lula, que atua no Oeste, mesma região da governadora, faz um relato sobre os passos de Daniela Reinehr desde sua cidade de nascimento, Maravilha, até chegar ao posto atual, em parte pelo apoio do MBL. A matéria intitulada “Deslumbramento e poder” traz número de policiais militares à disposição da vice catarinense. São 14 PMs que custam, ao mês, R$ 112 mil para o Estado. Isso sem considerar que é um contingente maior do que o de muitas cidades do estado.