Mais Médicos ou menos médicos?
16/05/2019

 

O Programa Mais Médicos, criado em 2013 com o objetivo de ampliar o atendimento básico de saúde, especialmente no interior dos estados, voltou a ser pauta dos prefeitos, dessa vez em Belo Horizonte (MG), durante reunião do Conselho Político da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Joares Ponticelli, prefeito de Tubarão, disse aos colegas que as novas regras podem tornar ainda mais graves problemas que já estão difíceis de administrar.

Para se ter uma ideia, pelas novas regras, somente seis municípios de Santa Catarina poderão se inscrever no Programa Mais Médicos: Água Doce, Campo Erê, Lebon Régis, Vitor Meireles, Major Vieira e Presidente Nereu. Enquanto o Ministério da Saúde afirma que a nova etapa do programa prioriza municípios com índices de vulnerabilidade social, Ponticelli alerta que quando os novos critérios forem aplicados, praticamente não haverá a possibilidade de reposição de médicos pelo programa para Santa Catarina. Segundo a Fecam, hoje o estado tem mais de 400 médicos com contratos em andamento e sem garantias de que continuarão no programa. Além disso, 86 municípios catarinenses estão com 135 vagas abertas para médicos.

 

Arcanjo no Oeste

Foto: Luca Gebara/ Agência AL

O secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino, garantiu que o helicóptero que atende Chapecó e o Oeste continuará na região. A afirmação foi uma resposta à deputada Luciane Carminatti (PT) durante a participação dele na reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, na manhã de ontem. A parlamentar questionou o secretário em função de rumores sobre uma suposta transferência da aeronave para Florianópolis. Zeferino explicou que, na verdade, será interrompido o uso do avião Arcanjo. O secretário alegou que essa aeronave não tem condições ideais para o serviço. “Estamos tentando uma de maior porte, que possa decolar mesmo nas condições climáticas complicadas que ocorrem em Chapecó e que possa ser operada no ano inteiro”, afirmou.

 

Foi rápido A bancada do MDB na Assembleia Legislativa ficou por menos de 30 minutos na base do governo Moisés/Daniela. A notícia da ida dos emedebistas para a base chegou a ser divulgada, mas logo desmentida pelo líder da bancada, o deputado Luiz Fernando Vampiro. Segundo ele, não existiu ou existe qualquer conversa de “adesismo ou compromisso”.  Votar a favor ou contra a reforma administrativa proposta pelo governo não tem nada a ver com passar a apoiar todas as iniciativas de Moisés. “Vamos votar a favor do que for bom para Santa Catarina. E vamos votar contra ao que for ruim. Nada mudou”, resumiu Vampiro.

 

Sobre a reforma, completou o líder do MDB: “Nosso objetivo é o aperfeiçoamento da estrutura do governo, para que o estado possa obviamente ter mais economicidade ao aplicar as verbas onde entender, mas sobrando mais para o erário público”. Considerando a aproximação da convenção do partido, marcada para 1º de junho, a notícia, logo desmentida, tem jeitinho de fogo amigo.

 

Catarinenses com Onyx A bancada federal catarinense teve um encontro, ontem, em Brasília, com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ele afirmou que a reforma da Previdência deve ser aprovada até julho e reforçou a importância, para o governo, de começar o segundo semestre com essa etapa superada. Onyx foi pressionado sobre a fusão da Eletrosul pela estatal federal do Rio Grande do Sul, e prometeu para a próxima semana um encontro do Fórum Parlamentar Catarinense com o presidente Bolsonaro e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para tratar do assunto.

 

Coerência Os representantes de Santa Catarina estão coerentemente unidos na defesa da permanência da Eletrosul no estado. Afinal, é a maior estatal federal do Sul do país e a sexta maior geradora de tributos para os cofres. Além dos parlamentares, participaram do encontro promovido pela Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) o procurador-geral de Justiça do Ministério Público (MPSC), Fernando Comin, o procurador Sandro José Neis, do Escritório de Representação do MPSC em Brasília,  o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística (Fetrancesc), Ari Rabaiolli, e Carlos José Kurtz, da Federação das Indústrias (Fiesc).

 

Parceria do bem O presidente da Fundação de Apoio ao Hemosc e ao Cepon (Fahece), Michel Scaff, recebeu a visita do presidente do BRDE, Neuto de Conto, que, antes de deixar o comando do banco, fez questão de conversar sobre as parcerias firmadas entre as duas instituições. O BRDE doou à Fahece mais de R$ 500 mil para dois projetos vitais para o Cepon: a ampliação do programa de internação domiciliar e a aquisição do acelerador linear.

 

Vale lembrar que o novo diretor-presidente do BRDE, Marcelo Haendchen, tomou posse na sexta-feira (10), indicado pelo governador Carlos Moisés para representação do estado na instituição.