O twitter do governador Carlos Moisés (PSL) comentando a saída do ministro Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública não demorou para gerar especulações de toda sorte. Em um instante, o assunto do momento é que Moisés convidou Moro para assumir alguma pasta em Santa Catarina. Alguém sugeriu que Moisés ligou para o ministro fazendo o convite. A informação chegou a ser confirmada pela Secretaria de Comunicação do Governo, claro.
Mas a realidade de Moro em Santa Catarina parece um pouco distante do factóide. Moisés de fato mantém uma comunicação regular com os ministros Moro e Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura. Ele próprio já comentou isso para interlocutores próximos e em entrevistas. E não houve nenhuma ligação convidando Moro para assumir cargo no estado.
Interlocutores próximo a Moisés confirmaram que ele de fato deixou as portas abertas do governo do estado ao ex-ministro, muito mais por um ato de respeito e gesto republicano que um convite propriamente dito. Aliás, anunciar um convite no momento atual pode até parecer presunçosos e, quiçá, inoportuno.
Vale lembrar que Santa Catarina sequer tem uma pasta de Justiça, que foi extinta para se transformar em pasta prisional. Ventilado como possível candidato à presidência em 2022, seria um erro para o próprio Moro vir para cá cuidar de motins e da política prisional.
Fora do tom

Esperidião Amin (PP), sobre a saída de Moro do Ministério da Justiça
Transparência A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa (Alesc), aprovou por unanimidade, na sessão de quarta-feira, 22, o Projeto de Lei 98/2020. O PL define normas de transparência para os contratos emergenciais que o governo catarinense firmar durante o estado de calamidade pública provocado pelo novo coronavírus. Caso o PL se torne uma Lei, o governo terá que publicar, no site da transparência, CNPJ e CPF das partes, motivação, justificativa, valor total e a duração de todos os contratos firmados. Assim seja!
Segue o barco A Alesc promete votar, na sessão da próxima terça-feira, 28, os vetos do governo a matérias dos deputados. Eles vão ao Plenário mesmo sem o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pode ocorrer também na terça, só que de manhã. Os deputados devem votar, ainda, o PL 102/2020, este de autoria do governo, e que trata de empréstimos a micro e pequenas empresas. De acordo com a matéria, o subsídio pode ser de até R$ 15 milhões para operações de crédito, via Badesc, e R$ 15 milhões para contratos com o BRDE.
Conteúdo e redes sociais: Fábio Bispo e Eliane Ramos

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