Casamento de aparências
A vice-governadora Daniela Reinehr e o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) parecem ter oficializado aquilo que todos já sabiam. Não é de hoje que a harmonia lá do dia da posse se esvaziou. Nas últimas semanas Reinehr tentou assumir protagonismo que não tinha no governo. Primeiro, defendendo a liberação do comércio antes mesmo da medida ser anunciada pelo governo, depois, se manifestando contra a contratação do hospital de campanha em Itajaí. Este último ato acabou sendo respondido pelo governador Moisés como “lamentável”.

Mas o estopim da troca de farpas surgiu após o governador assinar uma carta conjunta com outros 19 governadores em apoio ao presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no enfrentamento ao coronavírus e contra as declarações do Presidente da República Jair Bolsonaro.

Reinehr voltou para as redes declarando apoio ao presidente Bolsonaro, apontando que foi esse o motivo que levou ela e Moisés ao governo do estado de Santa Catarina. Em entrevista à CBN Diário se disse traída.

Em pouco mais de um ano de governo, a vice-governadora tem sido mais amena em seus posicionamentos. Tem tido pouca voz no governo e está longe de exercer o papel tradicionalmente assumido pelo cargo, que é o da intermediação política. A vice já manifestou que vai se filiar ao Aliança Pelo Brasil e não esconde ser uma fiel Bolsonarista, caminho que também é trilhado por outros eleitos pelo PSL de Santa Catarina que abandonaram Moisés, como Carolina de Toni, Jessé Lopes e Ana Caroline Campagnolo.

Já praticamente sem voz, o destino de Reinehr nos mais de dois anos e meio de governo pela frente deve ser o isolamento das decisões de governo. Sua caneta, daqui pra frente será as redes sociais.

Sem praia

O município de Balneário Camboriú bem que tentou liberar o acesso às praias para prática de esportes através de um decreto. Mas, em meio a pandemia que vivemos, a justiça catarinense disse em alto e bom som: não. Provocado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio de um mandado de segurança, o Tribunal de Justiça reconheceu a irregularidade constitucional e  suspendeu o decreto que liberava o acesso às praias. Para o TJ, o documento contrariava as diretrizes sanitárias do governo estadual.

Pesquisa desemprego O Sebrae/SC divulgou nesta segunda-feira, 20 de abril, a segunda edição da pesquisa que apresenta o impacto da pandemia do coronavírus na economia do Estado. De acordo com a sondagem, que analisou o universo dos pequenos negócios e das médias e grandes empresas, cerca de 406 mil pessoas já perderam seus empregos desde o início da crise. A entidade ouviu 4.348 empresários, de todas as regiões de Santa Catarina, nos dias 13 e 14 de abril. A margem de erro é de 1.5 ponto percentual para mais ou para menos.

“Apesar das medidas dos governos federal e estadual para estimular a manutenção dos empregos, o impacto ainda é muito significativo. São milhares de famílias catarinenses que estão sem fonte de renda”, Carlos Henrique Ramos Fonseca, superintendente do Sebrae/SC.

BRDE Vs Coronavírus O BRDE indica que ao menos 500 empresas catarinenses serão beneficiadas na primeira fase do apoio econômico decorrente da crise do novo coronavírus. Quase um terço dos R$ 100 milhões destinados a microcrédito e capital de giro logo devem chegar logo às empresas via entidades parcerias e cooperativas de crédito. O Sebrae já processou mais de 400 pedidos para capital de giro, totalizando R$ 26 milhões. A região da Foz do Rio Itajaí Açú é a que mais procurou a linha de financiamento emergencial, seguida por Norte e Oeste.
Juros baixos A primeira parceira a oferecer microcrédito é a Sicoob Credinorte, que vai intermediar a distribuição de R$ 2,5 milhões para Mafra e cidades vizinhas, garantindo ao menos 125 operações. Os empréstimos variam de R$ 5 mil a R$ 20 mil e se destinam a Microempreendedores Individuais. O BRDE determinou uma taxa única: 1% ao mês.

Filiações O Partido Liberal de Santa Catarina filiou na última janela mais de 150 novos vereadores, a maioria deles vindos do PSD e do PSDB. Em grandes cidades como Criciúma, o PL, que não tinha nenhum vereador, agora conta com dois, Pastor Jair e Júlio Colombo.

Jornalistas
Coordenação: Andréa Leonora
Conteúdo e redes sociais: Fábio Bispo e Eliane Ramos