O presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) e reitor da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Kaio Henrique do Amarante, declarou apoio ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e às investigações realizadas pela Polícia Civil em relação às fraudes realizadas no programa Universidade Gratuita.
Segundo Amarante, os responsáveis pelas fraudes devem ser exemplarmente punidos. “Entendemos que é uma apropriação indébita de recursos públicos. Se houver alguma fraude ou alguma falha no processo, as pessoas devem ser punidas e devolver o recurso, para que ele possa ser reaproveitado por aqueles que, de fato, deveriam estar sendo atendidos pelo programa”, salientou em entrevista ao programa do João Paulo Messer, da Rádio Eldorado.
O presidente relatou que a Acafe ainda não tem um percentual de quantos alunos possivelmente estão irregulares no programa Universidade Gratuita e no Fundo Estadual de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior Catarinense (Fumdesc). Apesar disso, o levantamento do TCE identificou que ao menos 18.383 alunos dos programas de bolsas de estudos estão matriculados sob algum indício de irregularidade. “Estamos aguardando as indicações e a abertura desses nomes, para podermos apoiar integralmente as tarefas do TCE e da Polícia Civil”, frisou.
Ele ressaltou que o Universidade Gratuita é um programa histórico, que faz a diferença na vida de muitos catarinenses. “Se pensou, no início, que seriam beneficiados apenas alunos de medicina. Hoje, temos dados concretos que comprovam que 100% dos cursos estão sendo atingidos. ”As pessoas podem sonhar com qualquer curso, não apenas com aquilo que podem pagar”, destacou.
Para Amarante, o desejo é que esse processo se resolva o mais rápido possível. “Estamos em vias de iniciar um novo semestre. Então, quanto antes nós resolvermos essa situação, melhor será para todos”, finalizou.