A confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em aves de produção comercial no Rio Grande do Sul acendeu um sinal de alerta máximo em todo o Brasil, mas especialmente em Santa Catarina. Líder incontestável na produção e exportação de proteína animal, especialmente de carne de frango, sente diretamente o baque das primeiras restrições impostas por países importadores. O registro do caso levou vários países a suspender temporariamente as compras do produto brasileiro.
A China suspendeu a habilitação de 51 frigoríficos de produtos avícolas do Brasil, 14 deles localizados em Santa Catarina. Ao todo, 59 frigoríficos de carne de aves e derivados do país estão com a habilitação suspensa pela autoridade sanitária chinesa. Na região Sul, a lista traz 21 frigoríficos do Paraná, maior exportador de frango do Brasil, 14 de Santa Catarina e oito do Rio Grande do Sul. Os frigoríficos catarinenses suspensos estão localizados nas cidades de Concórdia, Nova Veneza, Quilombo, Forquilhinha, Maravilha, São José, Seara, Itapiranga, Xaxim, Videira, Itajaí, Guatambu e Chapecó.
Diante da gravidade, em um dos seus últimos compromissos em Washington, EUA, na sexta-feira, 16, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, apresentou à embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti, sua preocupação com os reflexos de um foco de influenza aviária confirmado no Rio Grande do Sul sobre as exportações nacionais de proteína animal — especialmente de aves.
Durante o encontro, Mello pediu à embaixadora que intensifique o diálogo com o governo norte-americano e outros parceiros estratégicos para evitar que a crise se estenda a novos mercados.Para Santa Catarina, onde o agronegócio da avicultura sustenta milhares de empregos, movimenta uma vasta cadeia produtiva e é pilar de nossa balança comercial, a situação é preocupante. Cada contêiner que deixa de ser embarcado, representa prejuízo direto para produtores, cooperativas e toda a infraestrutura logística deste setor.
O governador ressaltou que, embora o fato não tenha ocorrido em Santa Catarina — que mantém um dos sistemas de defesa sanitária mais rigorosos do mundo —, o embargo a todo o território brasileiro afeta diretamente a economia catarinense.
A gripe aviária no Rio Grande do Sul é mais do que um problema do estado vizinho; é um alerta vermelho que ressoa em cada elo da cadeia produtiva catarinense. A forma como a crise será gerida pelos governos estadual e federal nos próximos dias e semanas definirá não apenas a extensão do prejuízo imediato, mas a credibilidade do Brasil e de Santa Catarina como grandes fornecedores de proteína animal.
Rede de gás natural ao longo da BR-470
A SCGÁS tem atuado nos últimos dez anos para garantir o remanejamento da rede de gás natural ao longo da BR-470. Atualmente, a maior parte dos serviços já foi concluída e entregue ao DNIT. Até o momento, já foram realocados 20 quilômetros da rede, com um investimento de aproximadamente R$30 milhões, assegurando a continuidade das obras sem prejudicar o fornecimento de gás para indústrias e consumidores locais. Os cinco quilômetros restantes, localizados entre os km 58 e 63, receberão mais R$10 milhões em recursos, elevando o investimento total para R$40 milhões no remanejamento dos trechos 1, 2, 3 e 4 da BR-470.
A rede de distribuição de gás natural começou a ser instalada ao longo da rodovia BR-470 no ano de 2000. Desde então, ela desempenha um papel estratégico na competitividade das indústrias do Vale do Itajaí, atendendo municípios como Blumenau, Gaspar, Indaial, Timbó, Navegantes, entre outros.
Simulado de desastres naturais
Neste domingo, o Governo de Santa Catarina, por meio da Defesa Civil, concluiu o que foi considerado o maior simulado de desastres da história do estado e do país. O evento, que mobilizou diversas cidades e órgãos, incluindo o acionamento em massa da população para simular respostas a emergências, foi destacado pelo governo como um marco na preparação e resiliência catarinense diante de eventos climáticos extremos. O 1º Simulado Geral de Gestão de Desastres mobilizou cerca de 260 mil pessoas em 256 cidades. O Estado operou em modo de resposta plena, com o objetivo de testar protocolos, reforçar a prontidão das equipes e integrar esforços entre municípios e Estado.
GAECO e DIC de Chapecó deflagram operação
O Ministério Público de Santa Catarina, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por meio do Departamento de Investigações Criminais de Chapecó, deflagraram o cumprimento de novos mandados de busca e apreensão e prisão preventiva decorrentes da 4ª fase da Operação “Sodalitas Finis”. A Operação tem o objetivo desarticular as atividades de uma organização criminosa com atuação em Chapecó e outros municípios do Estado. As ordens judiciais estão sendo cumpridas na cidade de Chapecó e Itá por integrantes do GAECO e do Departamento de Investigações Criminais de Chapecó, com o apoio do canil PCSC, SAERFRON e Polícia Militar.
Bebê reborn
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, inflamou ainda mais a polêmica sobre o apego de algumas pessoas ao bebê reborn. Ele publicou um vídeo em seu Instagram criticando as pessoas que levam este tipo de boneco para ser atendido em unidades de saúde. E disse ainda que, quem o fizer, poderá ser alvo de internação compulsória. A motivação do vídeo é sobre o aumento de casos de pessoas que estão tratando os bonecos como filhos, chegando a levá-los a hospitais e fazer aniversários. O prefeito deixou claro que não tem nada contra quem gosta dos bebês reborn, mas se mostrou contrário a tratá-los como crianças reais em serviços públicos de saúde. João Rodrigues disse ainda que Chapecó não terá nenhuma lei específica sobre o assunto, como estaria sendo proposto em outros estados.
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