O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu provável substituto Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) venceriam a tentativa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em cinco estados do país se as eleições de 2026 fossem hoje, de acordo com a nova pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta (26).

O levantamento foi feito em oito estados e apontou, ainda, uma disparada da desaprovação a Lula em todos eles, inclusive na Bahia, um reduto lulista. O preço dos alimentos, a dificuldade de se conseguir um emprego e o pessimismo com a economia como um todo fizeram aumentar a avaliação negativa do presidente.

Nos dois cenários estimulados de disputa de segundo turno à presidência da República no ano que vem, Lula perderia tanto para Bolsonaro como para Tarcísio nos estados de São Paulo, Minas Gerais (com empate na margem de erro), Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

A pesquisa foi realizada em oito estados que representam 62% do eleitorado nacional (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Goiás), com 9.182 entrevistados presencialmente entre os dias 19 e 23 de fevereiro. A margem de erro varia de 2 a 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

O governador paulista, no entanto, tem reafirmado que não pretende concorrer à presidência da República, e sim à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes.

Além de Bolsonaro e Tarcísio, a nova rodada da Quaest aponta que o cantor Gusttavo Lima e o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) também venceriam Lula em uma eventual disputa de segundo turno nos cinco estados. Lima, no entanto, ainda não conseguiu um partido para chamar de seu como cabeça de chapa, e Marçal foi declarado inelegível pela Justiça Eleitoral de São Paulo.

Entre os outros possíveis candidatos da direita para a disputa presidencial do ano que vem, o governador mineiro Romeu Zema (Novo) empataria com Lula na margem de erro em São Paulo e ganharia em Minas Gerais, Paraná e Goiás.

Já o governador goiano Ronaldo Caiado (União-GO), que confirmou a pré-candidatura e se apresenta como uma alternativa à polarização Lula-Bolsonaro, levaria a disputa no segundo turno apenas no Paraná (40%) e no próprio estado, Goiás (74%).

Em São Paulo empataria com o atual presidente (36%) e perderia nos demais, com destaque para Pernambuco e Bahia, com 62% e 60% para Lula, respectivamente.

* Com informações da Gazeta do Povo.