Lei proposta por Jessé Lopes impede reprodução de músicas com conteúdo inadequado nas escolas de SC

O Governo de Santa Catarina sancionou uma lei que proíbe a reprodução de músicas e videoclipes com conteúdos que façam apologia ao crime, ao uso de drogas, ou expressem conteúdos verbais e não verbais de cunho sexual e erótico nas escolas públicas e privadas do Estado. A Lei nº 19.233, proposta pelo deputado Jessé Lopes (PL), de Criciúma, foi assinada na última semana pelo governador Jorginho Mello (PL).

“Esse é um projeto de lei antigo. Por muitas vezes eu estava sendo procurado por pais de alunos com vídeos, áudios, indignados com esse tipo de música dentro das escolas. E foi a partir dessas denúncias que tivemos a ideia de fazer um protocolo de um projeto de lei, fazendo essa proibição”, comentou o deputado em entrevista ao programa João Paulo Messer da Rádio Eldorado.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o governador Jorginho Mello mencionou que qualquer material que faça referência positiva à criminalidade, substâncias ilícitas ou conteúdo erótico em ambientes escolares não será permitido em Santa Catarina. “Escola é lugar de aprender o que é certo, de se preparar para o futuro, conquistar um bom emprego, formar valores para toda a vida. Estamos protegendo nossos estudantes, formando cidadãos responsáveis e construindo uma sociedade mais segura. Junto às escolas e às famílias, vamos garantir uma educação de qualidade, livre de influências negativas”, comentou.

Com a proibição, é determinado que professores, diretores e gestores de instituições educacionais devem fiscalizar esse tipo de conduta. Caso a norma seja descumprida, os responsáveis serão multados de dois a dez salários mínimos. Conforme o deputado, desde o dia que o projeto de lei foi protocolado, foi bem aceito. “Com a aprovação a gente vê o quanto isso, de fato, é algo que era do anseio principalmente dos pais e de família. Tivemos que fazer uma lei para dizer para a escola não botar música de apologia à droga, sexo e ao crime, coisa que não precisaria de uma lei. Qualquer pessoa, professor ou diretor, com um pouquinho de consciência, um pouquinho de noção, deveria saber que esse estudo não deveria ser apropriado para uma escola”, explicou Lopes.

O deputado de Santa Catarina informou que será criado um canal de denúncia para os pais poderem comunicar caso a escola não esteja fazendo as devidas intervenções. “Dentro da escola tem que ter regras. A escola é um lugar onde os alunos vão para aprender, e aí os pais acham que os filhos estão em um lugar seguro e acabam saindo de lá, aprendendo coisas que muitas vezes não são o que ensinam dentro de casa. A liberdade de expressão dos adolescentes está vinculada às vontades dos pais deles, enquanto eles forem dependentes dos pais”, destacou Lopes.