Funcionários em greve aguardam proposta da Casan para assembleia

Os funcionários da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) chegaram ao décimo dia de greve nesta sexta-feira, dia 14. Em Criciúma, a Companhia possui 150 profissionais.

“Estamos discutindo uma possível proposta, mas não temos nada oficial da empresa, porém temos uma pré-proposta e devemos receber a concreta ainda nesta manhã. Se realmente recebermos uma proposta da Casan vamos nos reunir para uma assembleia e decidir o futuro ao lado dos funcionários”, explica Genilson Teixeira Gomes, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema-SC).

Gomes ressalta que os funcionários não estão buscando avanços e, sim, tentando recuperar seus direitos. “A empresa entregou uma pauta para nós retirando 12 direitos, que conquistamos ao longo dos ano em acordo coletivo”, garante. Conforme Gomes, os funcionários pedem o fim da terceirização da Casan. “A Companhia avança diariamente com este processo [terceirização] e quem sofre é o trabalhador da ponta. Ainda estamos reivindicando para Casan a contratação de mais 400 funcionários para empresa. Estamos cobrando o chamamento das pessoas que passaram em concurso. Além disso, eles mexeram nos turnos de trabalhos”, ressalta.

 O que a Casan diz? 

Conforme a Casan, a Comissão de Negociação Sindical está em tratativas com as lideranças sindicais desde o dia 15 de março. Apenas o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema-SC) não aceitou a proposta do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2025.

“A Comissão destaca que entre os principais pleitos que a categoria reivindica estão os de natureza econômico-financeira, com impacto de aproximadamente R$ 85 milhões por ano, que refletem diretamente no orçamento desta Companhia – que está em recuperação da saúde financeira. Ainda comprometeria a capacidade de futuros investimentos necessários para cobrir o déficit nos contratos de programas e perseguir as metas do Marco Legal do Saneamento”, argumenta a Casan.

A Companhia também afirma ter concedido, a partir de 1° de maio de 2024, reajuste salarial do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aplicado sobre a escala salarial vigente, ou seja, equivalente a todos os auxílios recebidos como vale-alimentação, gratificação de férias e abono natal. “O que corresponde a um aumento de 3,23%. Manteve também o auxílio-educação, plano de saúde e odontológico sem alterações, possibilidade de horário flexível e formação de comissões paritárias para estudo de novos pleitos”.