Pelo Estado 15 de março de 2022

 

Corrida eleitoral em SC provoca mudança de gestores estaduais e municipais

 

Até o dia 2 de abril haverá forte mudança no secretariado do governador Carlos Moisés e em várias prefeituras catarinenses. Saem vários secretários com objetivo de disputarem as eleições deste ano, além do secretário da Casa Civil, Eron Giordani (PSD), serão candidatos os secretários: André Motta Ribeiro (Saúde), Claudinei Marques (Desenvolvimento Social), Luciano Buligon (Desenvolvimento Econômico Sustentável), Leandro Lima (Administração Prisional Socioeducativa), os deputados Altair Silva (PP, da Agricultura) e Luiz Fernando Vampiro (MDB, Educação), Renê Meneses (Santur), Tiago Silva (Procon), Edilene Steinwandter (presidente da Epagri) e Janice Krasniak (Fundação Catarinense de Educação Especial). Neste prazo também vão deixar os cargos os prefeitos Gean Loureiro (Florianópolis), Antídio Lunelli (Jaraguá do Sul), Fabrício Oliveira (Balneário Camboriú), e possivelmente, João Rodrigues (Chapecó), estes com objetivo de disputar o cargo de governador. E, ao menos dez prefeitos de cidades menores, eleitos em 2000, avaliam abrir mão de dois anos e nove meses de mandato até 2024 para tentar a sorte nas urnas e concorrer à Assembleia Legislativa. Entre eles, os prefeitos de Campos Novos, Silvio Zancanaro, Porto Belo, Emerson Stein, de Braço do Norte, Roberto Kuerten Marcelino, entre outros. Há ainda vice-prefeitos e vereadores que vão disputar, mas estes não precisarão deixar os cargos. Vice-prefeitos e assessores técnicos das secretarias estaduais estão sendo preparados para assumirem os cargos em substituição aos candidatos.

 

Usou o avião

Os deputados Kennedy Nunes (PTB) e Bruno Souza (Novo), estão denunciando que o governador Carlos Moisés utilizou avião do Corpo de Bombeiros para contatos políticos, sem interesse público. Segundo os deputados, Moisés viajou a Brasília usando uma das aeronaves dos Bombeiros, equipamento que fica disponível para atendimentos e resgates de emergência, assim como, transferência de pacientes em estado grave. A Secretaria de Comunicação do governo alegou que Moisés também cumpriu agenda administrativa na viagem a Brasília, quando assinou ficha de filiação no Republicanos.

 

Xadrez político (1)

Estratégias políticas podem ou não darem certo. Só o tempo e o resultado das eleições darão às respostas as decisões dos líderes políticos. O governador Carlos Moisés, agora no Republicanos, um partido pequeno e de pouca estrutura no estado tem como meta buscar apoio dos tradicionais MDB, PP, PSDB, PSD, entre outros. Resta saber se os “grandes” aceitarão apoiar uma sigla menor. No primeiro evento do governador na nova sigla, em Bombinhas, terra da deputada Paulinha, muitas vaias foram manifestadas ao governador.

 

Xadrez (2)

O senador Jorginho Mello (PL), adotou outra estratégia, a de fortalecer a sigla e praticamente descartou apoio das “grandes” no estado. O PL filiou deputados estaduais e federais. Já conta com a segunda maior legenda na Assembleia Legislativa, com sete deputados estaduais e na Câmara dos Deputados filiou Caroline De Toni e Daniel Freitas, devendo ingressar ainda o deputado Coronel Armando. O PL poderá contar com o PTB e com outras siglas menores, mas não há esforços neste sentido. Para o Senado, espera o empresário Luciano Hang.

 

Xadrez (3)

Na esquerda, o senador Dário Berger afirma que vai ingressar no PSB e conta com apoio do ex-governador Paulo Afonso (MDB) e do ex-deputado federal e candidato derrotado nas últimas eleições ao governo, Mauro Mariani (MDB). Quer ser candidato ao governo com apoio das siglas do PT, PV, Psol, PDT, PCdoB, Rede e Solidariedade, mas a maioria delas quer apoiar o ex-deputado Décio Lima (PT) para o governo estadual. Já o PDT quer lançar o ex-deputado Fernando Coruja. As conversas estão resumidas a esses partidos, no máximo um apoio discreto do MDB.

 

Cotados

No PSD, PSDB, PP, Podemos e União Brasil, as conversas continuam. Aguardam pesquisa para definir o candidato ao governo. Estão cotados o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que conta com apoio de prefeitos e vices, e o ex-governador Raimundo Colombo (PSD). Há o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro. Entretanto, o MDB pode se aproximar do PSD e PSDB.