29/03/2019 – 10h20min
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE-SC) divulgou nesta quinta-feira (28) a situação entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica de dengue, febre de chikungunya e zika vírus. Os dados são do período de 30 de dezembro de 2018 a 23 de março de 2019.
Veja o resumo:
Presença de Aedes aegypti em SC
(mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus)
- 139 focos em 160 municípios
- 59,6% mais que 2018
- 80 municípios infestados (veja lista e mapa)
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Casos de dengue em SC
- 189 notificados
- 85 confirmados: 59 autóctones, 19 importados, quatro em investigação de Local Provável de Infecção (LPI) e três indeterminados
- 21 inconclusivos
- 640 descartados
- 443 sob investigação
- Em relação ao boletim anterior: são mais 31 casos autóctones e dois importados registrados em SC
Sintomas da dengue
- Febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, com duração de 2 a 7 dias
- Dor de cabeça
- Fraqueza
- Dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos
- Manchas pelo corpo (em 50% dos casos)
- Perda de apetite, náuseas e vômitos
Portadores de hipertensão arterial, diabetes mellitus, asma brônquica, alergias, doenças hematológicas ou renais crônicas, doença grave do sistema cardiovascular, doença ácido-péptica ou doença autoimune podem evoluir mais rapidamente para quadros graves, cujos sinais são:
- Sangramentos de mucosas (nariz, gengivas)
- Dor abdominal intensa e contínua
- Vômitos persistentes
- Letargia, sonolência ou irritabilidade
- Hipotensão e tontura (sinais de alarme)
- Manifestações neurológicas, como convulsões
O choque ocorre quando um volume crítico de plasma (parte líquida do sangue) é perdido através do extravasamento nos vasos sanguíneos. Neste caso os sinais são:
- Pulsação rápida e fraca
- Diminuição da pressão de pulso
- Extremidades frias
- Demora no enchimento capilar
- Pele pegajosa e agitação
- Agitação
Casos de febre de chikungunya em SC
- 138 notificados
- 1 confirmado, com LPI no Pará
- 41 descartados
- 96 sob investigação
- Em comparação com o mesmo período de 2018, foram notificados 131 casos de febre de chikungunya e confirmados três casos autóctones e cinco casos importados
Febre de chikungunya – infecção viral causada pelo vírus chikungunya, que pode se apresentar sob forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas) e evoluir para as fases subagudas (com persistência de dor articular) e crônica (com persistência de dor articular por meses ou anos).
Casos de Zika vírus em SC
- 34 notificados
- 13 descartados
- 21 sob investigação
- Na comparação com o mesmo período de 2018, quando foram notificados 36 casos, observa-se uma redução de 6% na notificação de casos em 2019
Febre do zika vírus – doença causada pelo vírus zika, transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de 3 a 7 dias, geralmente sem complicações graves. Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, caracterizam-se pelo surgimento de manchas e erupções na pele, com coceira; febre intermitente; inflamação dos olhos, conjuntivite, sem pus e sem coceira; dor nas articulações, que pode persistir por aproximadamente um mês; dor muscular; inchaço nas articulações; e dor de cabeça.
Atenção: caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure logo uma unidade de saúde para o atendimento
Combate à proliferação do Aedes aegypti
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo
- Mantenha lixeiras tampadas
- Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana
- Mantenha ralos fechados e desentupidos
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana
- Retire a água acumulada em lajes
- Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados
- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário
- Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue