‘Cassino’ ilegal é encerrado em Florianópolis

Um “cassino”, mais precisamente um estabelecimento com 17 máquinas caça-níquel funcionando plenamente, foi fechado pelas autoridades policiais. O Notícias do Dia divulgou a informação e acrescentou que não se encontrava ninguém no local quando as autoridades chegaram e que ninguém foi preso – nem mesmo o responsável pela casa, que não foi identificado.

Liberação do jogo?

Os policiais continuam fazendo seu trabalho, numa época em que nunca se falou tanto sobre a liberação do jogo. Está tramitando desde 2014 um novo projeto de lei para cancelar a proibição dos jogos de azar que está vigorando desde 1946. Diversos setores da sociedade brasileira, desde o turismo a partidos progressistas, pretendem aproximar o Brasil do que é a regra comum na maior parte dos países da Europa e Américas, que têm algum tipo de regime em que o jogo funciona como uma atividade econômica regular, gerando receita fiscal e impostos.

Entretanto, até o momento o “lobby dos cassinos” não conseguiu resultados e a proibição se mantém.

A alternativa online

Claro que a alternativa, para quem realmente quer jogar e tem acesso a internet, é apostar nos cassinos online. Hoje em dia, é tão fácil acessar uma dessas plataformas (clique aqui e confira) que parece até sem sentido estar a discutir se os cassinos físicos deveriam se manter proibidos. Esse seria, claro, o ponto de vista de quem é favorável à liberação; o lado oposto pode argumentar que vivemos tempos difíceis em que o pecado e o vício são totalmente acessíveis através da internet.

Precisamente, a internet teria ajudado a mudar um pouco o ponto de vista da sociedade sobre esse tema. O fato é que, de acordo com uma enquete do Paraná Pesquisas realizada no início de 2018, 45% dos brasileiros são favoráveis à liberação dos jogos de azar.

A verdade é que, para os jogadores, será mais seguro acessar as plataformas online do que entrar em salas ilegais como a que foi fechada agora em Florianópolis. Os grandes cassinos online internacionais têm licenças e obedecem à legislação dos países onde atuam e estão sedeados (sendo Malta, membro da União Europeia, um exemplo habitual). Seus softwares são inspecionados regularmente e eles não vivem de enganar o usuário, o que é muito fácil de acontecer nas caça-níqueis que se encontram por aí.

O caso Winfil

Alguns empresários estão esperando que a proibição seja levantada a qualquer momento. É certamente o caso dos donos dos cassinos Winfil, sedeados em Porto Alegre/RS e que vêm querendo estabelecer uma rede de cassinos por todo o país. Contudo, sem legislação favorável, as autoridades vêm dando em cima; recentemente, sua sede na capital gaúcha foi encerrada por ordem judicial, apesar de ter licença para operar também como restaurante e sala de eventos.

Mais desenvolvimentos em 2019?

É opinião corrente que o fato de 2018 ser ano de eleição presidencial vem diminuindo o interesse por uma resolução definitiva desse caso político. O lobby da liberação do jogo tem mais argumentos mas está esperando por uma melhor oportunidade.

Quanto aos candidatos presidenciais, vêm falando pouco do tema. Por razões ideológicas, seria de esperar que Jair Bolsonaro fosse totalmente contra, mas ele já falou que, se for eleito, tenterá arrumar uma solução, logo a bancada evangélica não parece poder contar ele para impedir toda e qualquer liberação. Independentemente do resultado da eleição, é de esperar que esse tema continue sendo bastante falado no próximo ano.