Merisio não poupa críticas ao MDB e aposta em maioria do "chapão" na Assembleia

O candidato do PSD ao governo deu o tom da campanha durante seu discurso e fez críticas veementes ao MDB. Ao citar os sete anos de governo de Colombo, destacando que não houve aumento de tributos e tampouco atrasos no pagamento dos salários dos servidores, Merisio foi na jugular: “Quem entende de atrasos de salários é o MDB!”. Lembrou que o então PMDB entregou o governo a Esperidião Amin, em 1998, com quatro folhas de pagamento dos servidores em atraso. E que agora já anuncia atraso de pagamento da antecipação do 13º salário.

Para Gelson Merisio, resultado de “um governo incompetente e burocrático, com falta de traquejo na gestão”. “Eles vendem um Estado quebrado, o que não está, ainda que tenha dificuldades. Mas é para isso que existem governantes, para sair das dificuldades.” A crítica maior se dá por conta da previsão de 8% na receita estadual, contra uma inflação de 2%.

Merisio foi além ao afirmar que parte do desequilíbrio citado como caos nas contas pelo atual governo resulta de favorecimento a prefeituras do MDB. “Eles já distribuíram mais de R$ 200 milhões para municípios com prefeitos e vices do MDB. Poderíamos ter feito o mesmo – nos sete anos de governo Colombo -, mas tivemos responsabilidade.”

Merisio eleito é certo que as estruturas das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs, antigas SDRs) desaparecerão. Parte da sobra será investida na prioridade máxima apontada pelo candidato: acabar com a pobreza extrema em Santa Catarina, que hoje atinge 300 mil pessoas no estado, especialmente nas regiões do Planalto Norte e do Planalto Serrano, Extremo Oeste e Extremo Sul.

Proporcionais

Todos os partidos que participaram da Superconvenção definiram suas chapas para deputado estadual e para deputado federal. De acordo com Merisio, os cálculos feitos pelo chapão é que poderão ser eleitos de sete a oito estaduais no conjunto dos partidos pequenos. PSD e PP, juntos, elegerão outros 15. E o PSD, sozinho, poderá chegar a nove.

Para ele, 23 é um número possível. Isso mostra também o motivo de tanto esforço para trazer tantos partidos para a composição. Se eleito, terá facilidade para governar, com maioria no Legislativo. Já para a Câmara federal a expectativa é eleger de dois a três pelos pequenos e seis na soma de PSD e PP, totalizando nove.