Fazer as reformas fundamentais, começando pela da Previdência, diminuir os gastos públicos federais e, a partir daí, aproveitar o espaço para a repactuação das receitas, dando condições para que os municípios possam receber uma parcela maior da arrecadação tributária. Esta é a estratégia para um novo pacto federativo, exposta por Henrique Meirelles, pré-candidato à presidência do Brasil pelo MDB, durante o Congresso de Prefeitos e Prefeitas organizado pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam). O momento atual ele resume de maneira simples: “Um dos problemas que todos vivem, União, estados e municípios, é a queda de receita que resulta da recessão brutal que o país enfrentou”. A repactuação de receitas terá êxito no momento em que a arrecadação crescer em todos os níveis, com reflexos positivos sobre a geração de emprego e renda.
Ao mesmo tempo em que Meirelles leva vantagem por ter sido presidente do Banco Central no governo Lula e ministro da Fazenda de Michel Temer, e por o domínio do tema economia, nacional e internacional, também carrega uma desvantagem. É o candidato do MDB de Temer, cujo governo é desaprovado por mais de 80% dos brasileiros. Mas ele não teme o que poderia ser uma herança maldita. “Nós temos uma história de sucesso a mostrar. O fato é que o Brasil estava na maior recessão da história e o país voltou a crescer. Temos que mostrar isso à população. O desafio é fazer com que os efeitos da melhora da economia se reflitam para a população, o que de fato ainda não aconteceu.”
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Descolar a própria imagem da do presidente Temer passa pela estratégia de relembrar aos eleitores os êxitos do atual governo – reforma trabalhista, definição do teto de gastos, reforma do Ensino Médio, por exemplo – e também pelos oito anos de comando do Banco Central no período Lula. “O que precisamos mesmo é ouvir a população que, quando perguntada, em pesquisas diversas, o que espera de um próximo presidente a resposta é competência, experiência, honestidade e seriedade, características que me atribuem ao final das entrevistas.”
Meirelles fala sobre:
Reforma da Previdência – “A nova previdência será mais justa. Hoje, os 20% mais pobres não conseguem completar 35 anos de contribuição e só se aposentam com 65 anos. Aqueles que se aposentam mais jovens são os que ganham mais, que conseguem contribuir os 35 anos com carteira assinada, como autônomo ou como empresário. É uma proposta mais justa e que permite o Brasil crescer.”
Municípios – “A força municipalista está relacionado com o espírito das pessoas de Santa Catarina, um estado de gente trabalhadora e de empreendedores. As autoridades municipais estão mais próximas da população, conversam com as pessoas no dia a dia e ouvem suas demandas. Antes de pertencer a um país as pessoas pertencem a uma cidade.”
Momento econômico – “Vamos tomar o país como um corpo humano. E a economia é o coração. Tudo depende dela. Se o coração não está bem, alguma parte do corpo sofre porque o sangue não chega da maneira como deveria. Se a economia não vai bem, faltam recursos para saúde, educação, segurança, infraestrutura, inovação e o próprio desenvolvimento econômico.”
Wikipedia.org: Henrique de Campos Meirelles nasceu em Anápolis (GO) no ano de 1945. Executivo da área financeira com sólida carreira internacional, é ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central do Brasil.
Partidos
- MDB (atual)
- PSD
- PSDB
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