No evento que marcou a chegada do MSC Preziosa – navio de cruzeiro com 4,3 mil passageiros e 1,3 mil tripulantes – a Florianópolis, no sábado (24), o catarinense Vinicius Lummertz, presidente da Embratur, fez um detalhado balanço das ações realizadas pelo Ministério do Turismo (MTur) e pela própria Embratur para atrair visitantes estrangeiros ao Brasil. “Os resultados estão aí: hoje o Banco Central divulga que batemos o recorde histórico de gastos de turistas do exterior para o mês de fevereiro, com , o maior desde 1995”, anunciou.

Lummertz lembrou que a operação teste é resultado de um trabalho de mais de dez anos junto ao diretor-geral da MSC, Adrian Ursille, da diretora de operações da companhia, Márcia Leite, e do presidente da Cruise Lines Internacional Association no país (CLIA-Brasil), Marco Ferraz. “Nosso objetivo é que acapital de Santa Catarina volte ao roteiro de transatlânticos, como fizemos no ano passado em Balneário Camboriú, que neste ano está fechando a temporada com 20 escalas, 81 mil passageiros e mais de R$ 40 milhões para investir em escolas, postos de saúde e outras necessidades básicas da população. É como diz o prefeito de Florianópolis, ‘turista na praia é criança na escola'”, disse, citando Gean Loureiro.

O presidente acredita que os resultados apontados pelo Banco Central mostram que o Brasil precisa de uma política para o turismo, para que o setor que movimenta 52 áreas econômicas e gera milhares de empregos seja alavanca do desenvolvimento do país nas próximas décadas. Lummertz lembrou que o Brasil já teve 20 navios de cruzeiro no verão 2010/2011. Mas a recessão dos últimos anos levou esse número a ser reduzido a apenas sete na última temporada.

Ele acrescentou que o Brasil é considerado pelo Fórum Econômico Mundial como o que tem a maior vocação para o turismo entre 140 nações. “Mas, infelizmente, ficamos em 137º lugar como o pior ambiente de negócios para o turismo”, criticou.

O diretor-geral da MSC, Adrian Ursilli, revelou que na última temporada os navios da empresa trouxeram para o Brasil cerca de 50 mil turistas latino-americanos. De acordo com as pesquisas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cada turista de navio gasta, em média, R$ 460 reais por escala. No caso de Florianópolis, em apenas 10 horas que o Preziosa permaneceu na cidade, houve um movimento econômico de R$ 1,8 milhão.

(Editado por Andréa Leonora. Informações Ascom/Embratur)