A nova cúpula do Judiciário barriga-verde assumiu a direção do Tribunal de Justiça (TJSC) na tarde de sexta-feira (2) prometendo mais e melhores julgamentos. “A meta é julgar mais e melhor, vamos deslocar recursos e equipamentos para que as decisões saiam com celeridade. O maior problema é a demora nas decisões, a demora enfraquece a visão que se tem do Judiciário”, afirmou o desembargador Rodrigo Colaço, presidente recém empossado do TJSC.
De acordo com Colaço, medidas para atingir o objetivo serão adotadas a partir de segunda-feira (5). “Faremos uma significativa virada nas atribuições das atividades, precisamos redirecionar nosso esforço, talento, inteligência e recursos para as atividades fins”, frisou o desembargador.
Segundo informações de Vitor Santos, da Agência Alesc, ele destacou o volume de processos que atualmente tramitam na justiça estadual e apontou para o papel dos juízes na resolução dos conflitos. “Somos poderosos quando julgamos e fracos quando não decidimos. Atualmente são 2,6 milhões de processos em trâmite, precisamos e vamos reduzir este estoque”, garantiu o presidente.
A palavra do ex-presidente
O desembargador José Antonio Torres Marques, ex-presidente do TJSC, ressaltou as conquistas da sua gestão. “As metas foram alcançadas, equalizamos as contas diante da acentuada queda na arrecadação, redobramos a cautela no atendimento das demandas mapeadas, com investimentos em sistema informatizados e na valorização dos servidores e magistrados”, declarou Torres Marques.
Além disso, o ex-presidente, que é gaúcho, agradeceu o gesto da Assembleia Legislativa de lhe conceder cidadania catarinense. “O Título de Cidadão Catarinense outorgado pela Alesc foi uma homenagem com especial significado para mim, confirmou de direito algo que no meu coração já era um fato: ser filho desta terra”.
Auxílio-moradia
Questionado pela reportagem da Agência AL sobre a polêmica do auxílio-moradia, Colaço argumentou que a vantagem foi concedida aos magistrados emergencialmente.
“O auxílio-moradia surgiu como uma solução emergencial quando a magistratura estava à beira da greve, mas sempre defendemos subsídio com reajuste anual e adicional por tempo de serviço, mas está travado no Congresso Nacional”, revelou Colaço, que já presidiu a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Uma cúpula manezinha
Quatro dos seis desembargadores que assumiram a direção do Tribunal de Justiça nasceram em Florianópolis. Rodrigo Tolentino de Carvalho Colaço, Moacyr de Moraes Lima Filho (1º vice), Altamiro de Oliveira (3º vice) e Roberto Lucas Pacheco, vice-corregedor-geral.
Já o corregedor-geral, Henry Petry Junior, nasceu em Porto Alegre (RS) e o 2º vice-presidente, Carlos Adilson Silva, é natural de Campos Novos, no Meio-Oeste.
Posse prestigiada
Prestigiaram a posse Jorge Mussi, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ); o vice-governador Eduardo Pinho Moreira; o presidente da Assembleia Legislativa, Silvio Dreveck (PP); os senadores Paulo Bauer, Dalírio Beber e Dário Berger; o presidente da OAB/SC, Paulo Brincas; a deputada estadual Ada de Luca (PMDB), além de autoridades do MPSC, Polícia Militar, Exército Brasileiro e do governo do Estado.