O PIB brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, movimentando R$ 3,2 trilhões e registrando o 16º trimestre consecutivo de alta.
Apesar do avanço, o resultado mostra uma forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando a economia havia crescido 1,3%.
Por que a desaceleração?
O principal freio vem da política de juros. Com a Selic em 15% ao ano, o acesso ao crédito encareceu, reduzindo investimentos e esfriando setores como a construção civil e a indústria de transformação.
Outro fator foi a queda de 0,1% na agropecuária, que havia sido destaque nos primeiros meses do ano, com um crescimento superior a 12%.
Por outro lado, o setor de prestação de serviços (0,6%) e a indústria (0,5%) ajudaram a manter o PIB positivo. Já do lado da demanda, o consumo das famílias subiu 0,5%, impulsionado pelo mercado de trabalho e programas sociais.
O que isso significa na prática?
A desaceleração mostra que a economia ainda cresce, mas em ritmo mais lento. Para a população, juros altos significam crédito caro, ou seja, menos acesso a financiamentos, imóveis e capital de giro. As empresas também acabam investindo menos, o que impacta a geração de empregos e os salários.
Zoom out: No ranking de 49 países, o Brasil teve o 32º melhor desempenho trimestral, atrás de China (1,1%), EUA (0,8%) e México (0,6%). Ainda assim, devemos fechar o ano como a 10ª maior economia do mundo, posição que, segundo o FMI, será mantida em 2026.