André Odebrecht, primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), vai integrar uma comitiva aos Estados Unidos, entre os dias 4 e 5 de setembro, para debater o ‘tarifaço’ imposto pelo presidente Donald Trump. As cobranças iniciaram no último dia 6 de agosto. O encontro visa argumentar sobre a importância dos produtos catarinenses para os norte-americanos.
Segundo o novo vice-presidente Regional Sul da Fiesc, Edilson Zanatta, setores como mel, cerâmica e madeira são os mais afetados. “Vamos tentar explicar que são produtos que eles não têm, e que existe essa necessidade da importação. Talvez assim consigamos algum progresso”, destacou, em entrevista ao jornalista João Paulo Messer, da Rádio Eldorado.
Novo mandato e projetos
Segundo Zanatta, ele e o novo presidente, Gilberto Seleme, assumiram uma Fiesc muito bem estabelecida e planejada. “Estou substituindo José Carlos Spricigo, que conseguiu um grande feito, que foi trazer um grande investimento de mais de R$ 100 milhões na nova escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Ela vai ser construída ao lado da Unesc, onde esperamos estabelecer um grande polo de educação e formação de mão de obra”, contou.
O vice-presidente destacou que as obras estão em fase de construção e que a previsão de início de operação é para o início de 2028. “Vamos abrigar vários setores, como eletrotécnica, indústria 4.0, setor plástico, cerâmica, metalmecânica, tecnologia da informação, entre outros. Esperamos construir um dos centros de qualificação mais modernos do estado e do Brasil”, afirmou.
Importância do Sul catarinense e infraestrutura
Ele destacou, também, a importância do Sul catarinense para a economia do estado. “Na Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), temos 12 municípios e um Produto Interno Bruto (PIB) regional de R$ 22 bilhões, que representa 5% do PIB de Santa Catarina. Criciúma é o maior polo, com PIB superior a 10 bilhões. A Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc), que é o Extremo Sul catarinense, tem 15 municípios e representa quase 20% da arrecadação do PIB”, frisou.
De acordo com Zanatta, encontros da Fiesc debatem a carência de infraestrutura de pontos como o Morro dos Cavalos mensalmente. “Nos reunimos uma vez por mês para debater essa carência, como da Serra da Rocinha, que tem aquela obra inacabada. São desafios trabalhados com a classe política para que esses pontos sejam concretizados”, pontuou.