A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste anual da tarifa da Celesc. O aumento médio para os consumidores será de 13,53%, válido a partir desta sexta-feira, dia 22, em toda a área de concessão da distribuidora.
O aumento nas tarifas é diferente segundo o perfil de consumo. Para residências comuns o aumento será de 12,3%. Já para grandes indústrias será de 15,8% e para pequenos comércios e áreas rurais o reajuste será de 12,41%.
A conta de luz é formada por duas partes principais. São elas:
Parcela A: montante arrecadado na fatura, mas que a Celesc somente repassa a outros agentes do setor, como geração e transmissão da energia, além de encargos setoriais.
Parcela B: montante que cobre os custos operacionais da própria Celesc, como manutenção da rede, investimentos e custos operacionais.
Conforme a Celesc, a maioria do reajuste homologado este ano foi causada por aumentos nos encargos setoriais, que fazem parte da Parcela A e não são controlados pela Celesc. Esses encargos são repassados obrigatoriamente aos consumidores, conforme definido por políticas públicas instituídas pelo Governo Federal.
A Parcela B, referente às despesas operacionais e de infraestrutura da Celesc, teve impacto de apenas 1,04% no reajuste médio.
O principal fator que pressionou a tarifa em 2025 foi o aumento de 36% no valor da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em relação ao valor de 2024. Esse fundo federal financia diversos programas e subsídios do setor elétrico, como:
Tarifa Social para famílias de baixa renda
Incentivos para fontes renováveis
Programa Luz para Todos
Descontos na transmissão de energia
Subsídios para regiões isoladas sem conexão com o sistema nacional
Comparativo com anos anteriores
Segundo a Celesc, em 2023, os consumidores industriais tiveram uma redução média de 0,81% na tarifa, enquanto os residenciais receberam um reajuste de 3,64%, abaixo da inflação do período, que foi de 3,99%.
Já em 2024, o reajuste foi de 0,75% para clientes industriais e de 4,19% para residências, pequenos comércios e consumidores rurais (baixa tensão), resultando em um aumento médio geral foi de 3,02%, com uma inflação de 4,5% no período. “Portanto, o principal responsável pelo valor do reajuste tarifário estipulado pela ANEEL para o ano de 2025 foi o aumento dos encargos setoriais, que não são controlados pela Celesc, são repassados obrigatoriamente aos consumidores e não ficam com a distribuidora catarinense”, diz a nota da Celesc.
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