Unindo a arte às comemorações dos 100 anos de emancipação político-administrativa, a Fundação Cultural de Criciúma (FCC) abre a temporada de exposições em 2025 com a mostra ‘Descubra Criciúma com a arte aquarela’, da artista Raquel Ávila. O evento segue até o dia 30 e está aberto para visitação gratuita das 9 às 17 horas, de segunda a sexta-feira, na Galeria de arte contemporânea Willy Zumblick, no Centro Cultural Jorge Zanata (CCJZ).
Ao todo, a exposição conta com 13 trabalhos em aquarela e uma instalação. Esta última foi construída a partir de cartões-postais criados por visitantes que participaram das oficinas com a artista em 2024. A instalação é interativa e os novos visitantes podem participar das oficinas e aproveitar os materiais disponibilizados para elaborar e desenhar sua própria versão do ‘melhor lugar para estar’.
Segundo a presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Cristiane Maccari Uliana Zappelini, a exposição está muito conectada com a pesquisa da artista, que tem um trabalho consistente voltado à memória e à história da cidade, que este ano comemora o centenário de emancipação político-administrativa. “Por isso, escolhemos abrir a programação de 2025 com a exposição da Raquel, que traz uma leitura sensível e potente sobre o território e seus símbolos”, afirmo.

Ao longo do ano, outras exposições também virão, compondo um ciclo de arte que dialoga com o espaço urbano e com a comunidade. A seleção da artista Raquel Ávila para a exposição ocorreu por meio de um edital de chamamento público, lançado no ano passado, dentro de um projeto viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc.
A artista conta sobre as conexões criadas na oficina promovida durante a exposição. “Tive contato com vários olhares, de crianças a idosos. A oficina de desenho e escrita que intitulei de ‘Meu lugar’, convida o visitante a buscar na memória o seu lugar especial, aquele lugar em que você se sente bem ou que é especial por algum motivo”, explicou.
Raquel também explicou que a ideia é de provocar não só a materialização deste lugar com o desenho, mas também com a escrita. “Quando criei a exposição gostaria de alcançar um público que não tem acesso à visão, porém consegue perceber os lugares por meio da descrição, por isso construí textos que reportassem esses visitantes aos lugares que retratei e transcrevi em Braille e em pequenos textos. Desta forma, pelas mãos ou pelo uso da tecnologia, eles conseguem se reportar a esses lugares. Por isso criei a oficina com este propósito também”, enfatizou.
Sobre a artista
Criciumense, a artista Raquel Ávila, possui 25 anos de carreira e transita pelas Artes, Design e Marketing. Para ela, a exposição é uma forma de ressaltar os atributos turísticos de Criciúma através da arte, para atingir um número maior de pessoas de forma diferente e atrativa.
Ela retrata os espaços criciumenses com um toque pessoal e nostálgico de sua infância. “A exposição promove uma conexão única entre a arte e minhas raízes italianas, já que sou bisneta de Pedro Benedet, imigrante italiano conhecido por sua valiosa contribuição para a criação da cidade de Criciúma”, comenta.
“Reviver o ontem e olhar o novo. É isso que eu desejo a todos que visitarem a minha exposição, que possam olhar cada lugar e possam se reportar àquele lugar ou, se não conhecem, provocar a conhecer”, finalizou.
Colaboração: Mariana Machado/Prefeitura de Criciúma