O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, explicou que as medidas anunciadas pelo governo federal para reduzir os preços dos alimentos podem não surtir efeito tão rapidamente quanto a população espera. Durante uma entrevista ao Estúdio i, Fávaro enfatizou que a redução dos preços dos produtos pode demorar mais do que o desejado. As propostas visam aumentar a competitividade dos produtos, zerando impostos de importação para itens como carne, café, milho e azeite.
Ações do governo para reduzir os preços
O plano anunciado na quinta-feira (6) inclui a eliminação das tarifas de importação para diversos produtos alimentícios, como carne, café, açúcar e azeite de oliva. A expectativa é que, com os preços mais baixos para os produtos importados, os produtores locais sejam pressionados a reduzir seus preços para manter a competitividade. A medida visa equilibrar o mercado e tornar os alimentos mais acessíveis para a população.
- Carne: Tarifa de importação atual: 10,8% → Nova tarifa: 0%
- Café: Tarifa de importação atual: 9% → Nova tarifa: 0%
- Açúcar: Tarifa de importação atual: 14% → Nova tarifa: 0%
- Milho: Tarifa de importação atual: 7,2% → Nova tarifa: 0%
- Azeite de oliva: Tarifa de importação atual: 9% → Nova tarifa: 0%
- Óleo de girassol: Tarifa de importação atual: até 9% → Nova tarifa: 0%
- Sardinha: Tarifa de importação atual: 32% → Nova tarifa: 0%
- Biscoitos: Tarifa de importação atual: 16,2% → Nova tarifa: 0%
- Massas alimentícias: Tarifa de importação atual: 14,4% → Nova tarifa: 0%
O impacto das ações no mercado
Fávaro destacou que essas mudanças, juntamente com a “super safra” deste ano e o Plano Safra, devem começar a gerar uma queda nos preços, embora os efeitos não sejam imediatos. Além disso, o governo também está buscando parcerias com os estados para reduzir o ICMS sobre os itens da cesta básica, além de promover uma campanha para informar os consumidores sobre os menores preços nos supermercados.
Desafios para o governo e a população
Apesar das medidas adotadas, o governo enfrenta o desafio de controlar a inflação alimentar, que tem afetado diretamente a percepção da população sobre a gestão. Especialistas apontam que a inflação dos alimentos tem sido um dos principais fatores que contribuem para a crise de popularidade do presidente Lula.