Uma das principais ações do Governo do Estado de Santa Catarina para enfrentar os desafios de saúde da população é o estímulo à pesquisa e à inovação. Na próxima terça-feira (10), às 17h, o governador Jorginho Mello vai receber os 18 pesquisadores de sete Instituições de Ensino Superior (IES) catarinenses, em um encontro no Centro Administrativo, para formalizar o repasse de mais de R$ 15 milhões em recursos para o desenvolvimento de pesquisas de combate ao Aedes aegypti, oriundos de editais da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Segundo o Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o número de casos prováveis de dengue no estado está 156,41% mais alto em outubro deste ano comparado ao mesmo período do ano passado. Além disso, mais de 53,4 mil focos do mosquito Aedes aegypti já foram localizados entre dezembro de 2023 e outubro de 2024, em 255 municípios catarinenses. Dos 295 municípios do estado, 175 são considerados infestados pelo vetor.
Diante dos dados preocupantes, o Estado disponibilizou recursos para auxiliar no combate ao mosquito. No último mês de julho, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) lançou o edital 37/2024 para a realização de estudos voltados ao desenvolvimento de estratégias de controle do Aedes aegypti. Primeiramente, com fomento de R$ 5,6 milhões, o edital contemplou seis propostas de pesquisa. Dos projetos selecionados, destacaram-se as cidades de Chapecó com três projetos, Florianópolis com dois projetos e Joinville com um projeto.
Após o resultado preliminar do edital, diante da importância do tema e da excelência das propostas apresentadas por pesquisadores catarinenses, visando o combate à doença, a preocupação com o meio ambiente e à transição climática na construção de um futuro mais sustentável e resiliente, a Fapesc anunciou a suplementação de mais R$ 9,5 milhões. Este complemento viabiliza a contemplação de mais 12 propostas, totalizando 18 projetos e somando mais de R$15,1 milhões em pesquisas promovidas por Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) sediadas no estado.
Entre os temas de pesquisa estão:
- Efeitos das mudanças climáticas sobre a presença do mosquito;
- Comunicação com a sociedade na prevenção e no diagnóstico;
- Avaliação da propagação dos casos de dengue nas regiões metropolitanas e como prever o avanço da doença;
- Diversas formas de combate a população do mosquito com nanotecnologia e o uso de recursos naturais;
- Tecidos repelentes para roupas, cortinas e outras aplicações;
- Métodos de teste rápido para diagnóstico de doentes.
Santa Catarina tem grandes capacidades técnicas e científicas que podem ser utilizadas no combate ao inseto. Com esses investimentos em pesquisa e inovação será possível compreender melhor o problema e encontrar formas mais eficazes de reduzir a influência do Aedes aegypti no cotidiano, devolvendo a qualidade de vida para a população catarinense.
Mosquito Maruim
Além do edital 37/2024, voltado para a pesquisa envolvendo o Aedes aegypt, a Fapesc lançou em 2024, dois editais sobre o mosquito Maruim. O edital 36/2024, voltado para pesquisadores, apoia projetos de investigação dos aspectos biológicos e ecológicos do mosquito, controle e monitoramento da superpopulação do maruim e que teve um aporte de recursos da Fapesc de até R$ 3 milhões.
Outro edital sobre o Maruim, é o 35/2024, para apoiar uma proposta de até R$ 3 milhões, submetida por uma empresa com sede em Santa Catarina, para o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos inovadores com o objetivo de promover o controle sustentável da superpopulação do inseto.