A decisão da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) de suspender o uso de câmeras corporais em setembro deste ano gerou questionamentos e levou o Ministério Público a instaurar um inquérito para apurar o caso. A Promotoria de Justiça avalia as razões da interrupção e trabalha para reverter a medida, considerada um retrocesso na transparência e na fiscalização das ações policiais.
As câmeras, introduzidas em 2020, tinham como objetivos principais garantir a produção de provas, reduzir o uso excessivo de força e mitigar confrontos durante abordagens. Dados mostraram impacto positivo, como a redução da letalidade policial, mas a iniciativa enfrentou resistência interna, com policiais relatando desconforto no uso.
Embora o Tribunal de Justiça tenha disponibilizado recursos para financiar o programa, parte do montante foi devolvida, o que contradiz justificativas de restrições financeiras. Como alternativa, o MP recomenda que o estado busque novos financiamentos através de programas federais oferecidos pelo Ministério da Justiça