Neste domingo (27), a abstenção de eleitores no segundo turno das eleições municipais alcançou 29,26% em todo o Brasil, o que representa quase 10 milhões de eleitores ausentes. O índice, consolidado nesta segunda-feira (28) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se aproxima do registrado durante a pandemia em 2020. Cidades do Sul e Sudeste, principalmente capitais, foram as mais afetadas pela ausência nas urnas, com Porto Alegre liderando com 34,83% de eleitores ausentes.
Capitais com maior abstenção no segundo turno
As regiões Sul e Sudeste registraram os maiores índices de abstenção entre as capitais, destacando:
- Porto Alegre: 34,83% (381.965 eleitores ausentes)
- Goiânia: 34,20%
- Belo Horizonte: 31,95%
- São Paulo: 31,54% (2,9 milhões de eleitores ausentes)
- Curitiba: 30,37%
A elevada ausência nas urnas dessas capitais reforça a necessidade de análise das causas do fenômeno.
Enchentes afetam comparecimento no Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, cidades afetadas pelas enchentes de maio de 2024, como Canoas e Caxias do Sul, também registraram abstenções significativas. A destruição de urnas e locais de votação, além da migração de moradores desalojados, contribuiu para o aumento da abstenção.
- Canoas: 35,72%
- Caxias do Sul: 28,64%
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do estado, Voltaire de Lima Moraes, apontou que, mesmo com as dificuldades, os índices ficaram abaixo do esperado.
Prazo para justificativa e penalidades
Eleitores que não compareceram têm até 7 de janeiro de 2025 para justificar a ausência pelo aplicativo e-Título, disponível para Android e iOS. Cada turno ausente implica em uma multa de R$ 3,51, e o não cumprimento da justificativa por três vezes consecutivas pode levar à suspensão do título e restrições em serviços públicos.
Fonte: Agência Brasil