Hemosc recebe tecnologia de última geração para transplante de medula óssea

O Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) acaba de receber um moderno tanque criogênico para preservação de Células Progenitoras Hematopoiéticas (CPH) que serão utilizadas em transplante de medula óssea (TMO). O aparelho foi adquirido com o investimento de R$ 420 mil do Governo do Estado. Ele substituirá os atuais, aumentando a segurança e reduzindo custos em até seis vezes com energia elétrica, nitrogênio líquido e manutenção de equipamentos.

“O Hemosc é referência no nosso país é uma das primeiras instituições do Brasil a adquirir o equipamento, utilizado pelo Laboratório de Processamento Celular”, destaca o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva.

As CPH, popularmente conhecidas como “medula”, são células que possuem poder de auto renovação e capacidade de diferenciação, regenerando e restabelecendo a medula doente do paciente por uma saúde. A criopreservação é uma etapa fundamental na realização e sucesso do TMO, congelando e armazenando a “medula” coletada de pacientes ou doadores, para serem posteriormente infundidas durante o transplante.

“O equipamento adquirido é considerado um dos dispositivos de armazenamento de CPH criopreservadas mais moderno e seguro do mercado, possui grande capacidade de armazenamento, é auto sustentável e econômico”, afirma a diretora-geral do Hemosc, Patrícia Carsten.


Foto: Divulgação/Hemosc 

De acordo com o diretor técnico do Hemosc, Guilherme Genovez, o novo dispositivo pode manter as células armazenadas à temperatura de 170°C negativos, sem necessidade de abastecimento contínuo de nitrogênio, que permite economia de energia elétrica e insumos. “Este equipamento permite também o armazenamento das unidades de CPH criopreservadas em ambiente totalmente seco, sem contato direto do manipulador e do produto com o nitrogênio líquido”, relata.

O congelamento das células é um procedimento fundamental em algumas indicações de transplante, como nos casos de linfomas e mieloma múltiplo em que o paciente deverá ser submetido a um transplante autólogo, quando o paciente utiliza a sua própria medula para o transplante. Outra opção de tratamento é a realização do transplante alogênico, quando a medula é coletada a partir de um doador saudável, aparentado ou não, para pacientes com leucemias agudas ou crônicas e aplasias de medula óssea.

O transplante de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é realizado em Santa Catarina pelo Hemosc e pelo Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), ambos órgãos públicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES), geridos pela organização social Fundação de Apoio ao Hemosc/Cepon (Fahece).

Colaboração: Manuela Mendes da Silva/Assessoria de Imprensa Hemosc