Santa Catarina registrou a criação de 12,1 mil postos de trabalho formais no mês de julho, ocupando a terceira posição entre os estados com maior geração de empregos. A indústria foi responsável por 34% de todas as vagas criadas no período, com 4.126 empregos formais.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, foram geradas 108 mil vagas no estado, com a indústria destacando-se como o setor econômico com o maior saldo de empregos em 2024, acumulando 51 mil postos (48%), de acordo com dados do Caged.
“A indústria de SC mantém seu papel fundamental para a geração de riqueza no estado, movimentando o mercado de trabalho e alavancando o crescimento dos demais setores da economia. Nossa indústria de transformação se destaca no cenário nacional, reforçando a competitividade dos nossos produtos tanto no mercado nacional como nas exportações”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar.
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Influência do juro
Na liderança da atividade industrial no mês, o setor da construção gerou 849 empregos, incentivado por juros mais baixos. Boletim do Observatório Fiesc aponta que, nesse segmento, a atividade de serviços especializados para construção registrou saldo de 683 novas vagas e a de construção de edifícios gerou 298 empregos em julho. Na cadeia produtiva da construção, esse movimento incentivou a fabricação de artefatos de concreto, cimento e gesso, contribuindo para a geração de 116 novos postos de trabalho na indústria de minerais não metálicos.
Outro segmento favorecido pela queda da Selic foi a indústria de máquinas e equipamentos, que registrou saldo positivo de 623 postos formais de trabalho no mês. Dentro dessa atividade, destacou-se a fabricação de tratores e máquinas e equipamentos para agricultura e pecuária, com geração de 181 vagas. A atividade de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos foi responsável pelo saldo de 173 novos empregos.
Também refletindo as condições de acesso ao crédito mais favoráveis, a indústria de equipamentos elétricos registrou abertura de 348 vagas em julho. O desempenho teve a contribuição do aquecimento da demanda interna, com o aumento das vendas de eletrodomésticos, além da exportações de motores e transformadores elétricos.
Consumo
O setor de produtos químicos e plásticos, que liderou a geração de oportunidades na indústria de transformação com 785 vagas, foi beneficiado pelo elevado consumo das famílias. Esse nível de consumo é reflexo do aumento dos rendimentos reais dos trabalhadores. O setor têxtil, de confecção, couro e calçados gerou 415 vagas em julho.
“Além disso, a indústria automotiva catarinense gerou 343 novos empregos, estimulada pela demanda agregada, com a alta produção de veículos leves, influenciada, também, pelo comércio varejista de peças e acessórios”, ressaltou o economista do Observatório FIESC, Marcelo de Albuquerque.
Comércio e Serviços
O mercado de trabalho mais aquecido tem se refletido também no setor de serviços, que foi o setor líder em geração de novos empregos formais em julho, com saldo de 6,8 mil. Esse ramo da economia foi influenciado pelas atividades de seleção e agenciamento de mão de obra. Já o comércio registrou 1,2 mil vagas, com destaque para o comércio atacadista.