m grupo de 40 estudantes e professores de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) partiu de Florianópolis, na segunda-feira (6), com destino a Porto Alegre, para atuar nos atendimentos das vítimas da chuva histórica do Rio Grande do Sul. Até esta quarta-feira (8), 100 mortes estavam confirmadas e 128 pessoas desaparecidas.
Antes de partir, os alunos arrecadaram três caminhões de alimentos, água e medicamentos em uma união de solidariedade aos irmãos gaúchos.
A estudante da penúltima fase de Medicina da Unisul, Gabriela Guglielmi, de 28 anos, faz parte da turma de voluntários que atua no Rio Grande do Sul. Alojada em uma universidade de Porto Alegre, ela realiza os atendimentos no ginásio do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), onde cerca de 500 pessoas estão abrigadas.
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— Tem alguns pacientes que fazem tratamento de doenças crônicas, por exemplo, hipertensão, diabetes e muitos deles estão sem medicamentos — conta.
Na escola onde Gabriela atua, estão abrigados homens, mulheres, crianças e idosos. Além das queixas relacionadas a doenças e alguns problemas físicos, a estudante diz que a demanda maior das vítimas é para receber atendimento psicológico.
— Eles estão muito abalados psicologica e emocionalmente. A gente conversa com as pessoas e elas falam que simplesmente perderam tudo, que a água subiu até o teto das casas. Eles estão totalmente fragilizados em relação a parte física, a parte emocional, a parte psicológica. Estão muito fragilizados em todos os sentidos.
O time de estudantes catarinenses conta com ajuda de médicos, dentistas, enfermeiros e outros profissionais da saúde de Porto Alegre, além das centenas de doações que não param de chegar aos desabrigados da escola.
Todos movidos pela solidariedade, que de acordo com a estudante, é combustível diário para seguir ajudando as vítimas da chuva histórica do Rio Grande do Sul.
— Poder levar um pouco de consolo e acalento, além de atendimentos técnicos de saúde, está sendo uma grande aprendizagem para todos nós voluntários. A gratidão é o nosso combustível diário para seguir nos atendimentos — finaliza.