As cooperativas catarinenses registraram faturamento de R$ 85,9 bilhões em 2023. Os resultados do setor foram apresentados em Florianópolis pela Ocesc, a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina. Um dos dados mais relevantes é a expansão no número de cooperados, que cresceu 9,6%. Agora, as cooperativas reúnem direta e indiretamente 4,2 milhões de catarinenses. O agronegócio continua sendo o destaque.
São 64% dos empregos e da receita operacional bruta gerados pelo agronegócio dentro das cooperativas. Mesmo com os números expressivos, o setor apresentou queda de 3% na receita operacional e fechou 2023 com R$ 54,7 bilhões. O recuo se deve a quedas de preços no mercado mundial e baixo desempenho no mercado interno. Agora, o setor espera apoio do governo para baixar os custos de produção.
“Realmente está achatando o ganho do nosso produtor e isso nos preocupa muito. Não queremos que aconteça o êxodo rural. Nós estamos fazendo de tudo para manter nosso produtor produzindo. Mas para isso precisamos da infraestrutura porque aumenta o custo da nossa propriedade também. E que isso seja visto pelos governos estadual e federal. Que nos mandem recursos com juros acessíveis. Com os juros que temos hoje, não há quem consiga investir”, ressaltou o presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin.
Mesmo que as cooperativas de crédito tenham registrado o maior crescimento de receitas totais e atraído o maior número de associados em 2023, é o agronegócio o responsável pelos números que impulsionam as exportações de SC. No ano passado, a alta foi de 2%, com quase R$ 10 bilhões. O cooperativismo é um dos pilares da economia em Santa Catarina, gerando emprego e renda em diversas áreas e atraindo cada vez mais catarinenses.
“É sinal que o nosso produtor, o nosso consumidor urbano também vem acreditando no sistema cooperativista do estado de Santa Catarina. Um sistema que vem crescendo realmente, que é exemplo para o Brasil. Somos o estado mais cooperativista do Brasil”, afirmou Suzin.
Na Alesc, a Comissão de Agricultura acompanha de perto as demandas do setor. No ano passado, as pautas dos custos de produção do leite e também os valores do milho como insumo foram pauta de várias reuniões, pronunciamentos e atuação dos deputados estaduais em favor dos produtores.
Com informações de Rony Ramos/Agência AL