Santa Catarina vai ampliar faixa etária de público-alvo da vacinação contra dengue

Santa Catarina deve ampliar a faixa de vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. A mudança acontece devido a baixa procura pelos imunizantes no Estado pelo atual público-alvo da vacina, que são pessoas com idade entre 10 e 11 anos.

A ampliação da faixa etária do imunizante foi informada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), nesta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), durante as atualizações sobre a dengue no Estado. A reunião contou com o secretário-adjunto de saúde e deputados estaduais.

Segundo o secretário-adjunto de saúde, Diogo Demarchi Silva, apenas 17,5% do público-alvo, cerca de 5 mil crianças, receberam a vacina em uma semana nos 13 municípios de Santa Catarina.

Segundo a Dive, o Estado tem quase 40 mil casos prováveis de dengue em 156 municípios que estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti. Além disso, 16 mortes foram confirmadas e seis ainda estão sob investigação.

A proporção é de 500 casos a cada 100 mil habitantes. Joinville, Itajaí, Blumenau e Grande Florianópolis são as regiões mais críticas.

A Dive também informou que trabalha em dois planos de contingência para combater a doença. Ações como aumento no número de vistorias, de fiscalização e comunicação foram reforçados pelo órgão. Os parlamentares também pediram mais fiscalizações e outras medidas para diminuir o número de terrenos abandonados com água parada.

Vacina da dengue tem lista de espera de até 2 mil pessoas na rede privada de SC

As farmácias e laboratórios da rede privada estão com lista de espera para a vacinação contra a dengue nos municípios de Santa Catarina. O caso acontece devido a farmacêutica Takeda, que produz o imunizante Qdenga, informar a decisão de priorizar o atendimento aos pedidos do Ministério da Saúde para o fornecimento das vacinas pelo Sistema único de Saúde (SUS).

De acordo com o comunicado, a Takeda suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios. A farmacêutica vai limitar o fornecimento da vacina na rede privada apenas para suprir o quantitativo necessário para que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante completem o esquema vacinal com a segunda dose, após um intervalo de três meses.