Quatro em cada cinco famílias de Santa Catarina estavam endividadas em novembro, mês interior ao do Natal. Os dados são da PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor).

Os dados foram divulgados pelo CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) na segunda-feira (4). Conforme a pesquisa, cerca de 79% das famílias catarinenses estavam endividadas em novembro.

O percentual significa que 159 mil famílias de SC não conseguiam pagar as contas no período.

Em comparação com novembro de 2022, quando 131 mil famílias estavam endividadas, o número aumentou em 28,5 mil famílias. Já o percentual cresceu 13,4 em um ano.

25,5 mil famílias endividadas afirmam que não conseguirão pagar as contas

A pesquisa do CNC mostrou que cerca de 25,5 mil famílias não terão condições de pagar as contas em dezembro. Em comparação com o mesmo período de ano passado, quando 14 mil estavam nessa situação, o número aumentou em 11 mil famílias.

Poucos catarinenses buscaram renegociar dívidas pelo Desenrola

O Governo Federal divulgou um balanço da fase 2 do programa Desenrola nesta quarta-feira (6). Conforme o balanço, Santa Catarina negociou cerca de 1,2 milhões em dívida.

O número é baixo perto de outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que renegociaram 132 milhões cada.

A segunda fase do programa contempla negociações de dívidas negativadas de 2019 a 2022, e cujo valor, atualizado, seja inferior a R$ 20 mil. Também estão incluídas dívidas bancárias, como cartão de crédito, e as contas atrasadas de outros setores, como energia, água e comércio varejista.

Nenhuma cidade catarinense ficou no ranking de 30 cidades que mais renegociaram e Florianópolis ficou em 22º lugar entre as capitais com maior valor em renegociação.

Na Capital, a fase 2 renegociou apenas 3,348 dívidas. O valor original das dívidas era de R$ 17 milhões e caiu para R$ 2,2 milhões.