O presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Fiesc, Manfredo Gouvêa Júnior, participou de seminário em Brasília, em que foram apresentados os resultados do programa PotencializEE (Programa de Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria). A iniciativa, que tem o apoio do Ministério de Minas e Energia, foi realizada nesta quarta-feira, dia 22. Gouvêa cumpriu agenda na capital federal nos dias 21 e 22, e reuniu-se também com senadores e deputados, e debateu política tarifária do gás natural, reforma tributária e desoneração da folha de pagamento.
A apresentação do Ministério teve como foco o trabalho realizado em São Paulo, mas foi também anunciada a ampliação do PotencializEE para outras regiões do País, cujos critérios e datas ainda estão sendo elaborados. “É uma ação fundamental. No encontro tivemos a oportunidade de conhecer os detalhes e de manifestar a importância de ampliar o programa, cujo grande desafio é mostrar, de forma clara, os benefícios do investimento em eficiência energética nas pequenas e médias empresas”, disse Gouvêa, que também reuniu-se com o chefe de gabinete do ministro das Minas e Energia, Maurício Souza. “Conversamos sobre o apoio da FIESC a projetos como o PotencialiZEE e manifestamos nossa preocupação com a atual realidade de preços do gás natural para indústria brasileira, notadamente, o que temos passado em Santa Catarina”, ressaltou.
A questão do gás também foi tema de reunião com o deputado federal Ricardo Guidi, hoje secretário de Meio Ambiente de SC, com a deputada federal Geovânia de Sá e com o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, oportunidade em que Gouvêa manifestou enorme preocupação com a realidade dos preços do gás natural catarinense. “Se nada for feito, com preços bem acima dos principais concorrentes em outros estados, em alguns anos haverá redução de segmentos industriais do estado por falta de competitividade no processo produtivo”, declara.
Manfredo reuniu-se, ainda, com o senador Efraim Filho, que é relator do projeto de desoneração da folha de pagamento, que abrange diversos setores da indústria. O projeto foi aprovado pela Câmara e pelo Senado e aguarda a sanção do presidente da República. Também teve uma audiência com o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, líder da maioria na Câmara Federal e relator da reforma tributária, reiterando o apoio e a expectativa de uma rápida tramitação e conclusão, ainda neste ano, do texto principal.
Durante encontro com o deputado federal Fernando Mineiro, vice-presidente da Comissão Especial de Transição Energética, Gouvêa discutiu a importância de se aprovar regras claras na área.
Por fim, em reunião com Paulo Pedrosa, presidente-executivo da ABRACE – a associação que representa os grandes consumidores de energia do país, Gouvêa destacou o importante papel que a entidade desempenha na discussão da realidade do custo da energia, cuja conta de luz é a que mais pesa no bolso da população, dentre dezenas de países estudados. “É preciso uma ampla discussão e constante vigilância, especialmente nesse momento em que existem medidas provisórias e movimentos que podem encarecer a exorbitante política tarifária, notadamente para a atividade industrial”, finalizou.