Santa Catarina registrou 439 mortes por câncer de próstata nos primeiros nove meses do ano, com a Secretaria do Estado da Saúde alertando para a estimativa de 1.700 novos casos anuais até 2025.

Os dados recentes da SES/SC indicam uma média diária de 1,6 homens falecendo em decorrência do câncer de próstata, com informações coletadas até o final de setembro.

A projeção para os próximos anos aponta que diariamente, pelo menos um homem em Santa Catarina será diagnosticado com a doença, aumentando a necessidade de conscientização e prevenção.

O Ministério da Saúde identifica a idade, especialmente a partir dos 60 anos, histórico familiar de câncer de próstata antes dos 60 anos, e obesidade em casos avançados, como principais fatores de risco.

O câncer de próstata é uma condição que afeta a glândula prostática, situada abaixo da bexiga e envolvendo a uretra, sendo diagnosticado principalmente através de biópsia após suspeitas levantadas por exames de sangue ou toque retal.

A doença pode evoluir de diferentes formas, desde um crescimento lento, que não apresenta sintomas e não impacta a saúde do homem, até uma progressão rápida que pode levar à metástase e ser fatal.

Frente a essas estatísticas, ressalta-se a importância de acompanhamento médico e exames regulares, principalmente para aqueles que estão dentro do grupo de risco.

Foco na Prevenção

Dr. Rodrigo Rovere, oncologista da Oncoclinicas em Florianópolis, enfatiza a importância de não se limitar a exames para detecção precoce do câncer de próstata, mas também em adotar medidas preventivas gerais. Ele menciona fatores imutáveis, como a idade, mas destaca que mudanças no estilo de vida, como dieta balanceada e atividade física, podem reduzir riscos. Evitar álcool e tabagismo é outra recomendação.

Detecção Precoce

A partir dos 45 anos, é recomendável que homens visitem um urologista para avaliar a presença da doença. Rovere destaca a necessidade de conscientização sobre a saúde masculina em geral, não apenas focando na prevenção de tumores, mas também em outras condições como colesterol, que podem impactar significativamente a saúde.

Exames Iniciais

O Ministério da Saúde aponta dois exames essenciais na investigação do câncer de próstata: o toque retal, que examina o tamanho, forma e textura da próstata; e o exame de PSA, um teste sanguíneo que verifica níveis de uma proteína específica, podendo indicar câncer ou outras doenças prostáticas.

Sintomatologia

Em estágios iniciais, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas. Quando surgem, incluem dificuldade para urinar, atraso para iniciar e concluir a micção, sangue na urina, diminuição do fluxo urinário e necessidade frequente de urinar, tanto durante o dia quanto à noite.

Abordagens Terapêuticas

O tratamento do câncer de próstata pode envolver cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal e observação vigilante, dependendo do caso. Em situações de metástase, a combinação de radioterapia com tratamento hormonal e cuidados paliativos é comum.

Tratamento Personalizado

A decisão sobre o tratamento mais adequado é tomada por um médico especialista, considerando os riscos, benefícios e condições clínicas individuais de cada paciente, bem como o estágio da doença.

Apoio do SUS

Todos os tratamentos para o câncer de próstata são disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, assegurando acesso integral e sem custos aos pacientes.