Preço de alimentos dispara com chuvas de outubro, em Florianópolis; veja o que ficou mais caro

O preço da cebola e da batata dispararam em Florianópolis no mês de outubro, apontou o IVC (Índice de Custo de Vida). Segundo a Epagri/Cepa, a principal causa pode ser as chuvas históricas que atingiram Santa Catarina no período.

Os dados mensais foram divulgados na segunda-feira (6) pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) e Esag (Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas).

Segundo o índice, dois grupos que tiveram baixa puxam a alta de 0,30% no preço de produtos e serviços consumidos em Florianópolis durante outubro. Enquanto a alimentação e bebidas, encareceram 0,74%, os transportes ficaram 0,46% mais caros.

Os grupos fizeram com que o aumento acumulado no último ano subisse para 5,66%, acima da inflação registrada em 2023, de 4,54%.

Ranking mostra alimentos que ficaram mais caros

Conforme o índice, em outubro, a alta no preço dos alimentos foi concentrada em produtos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa, que subiram 1,26%.

A pesquisa destacou os aumentos entre tubérculos, raízes e legumes, de 13,11%. Nessa categoria, os produtos mais atingidos foram a cebola de cabeça, que ficou 38,6% mais cara, e a batata inglesa, com aumento de 22,9%.

Além disso, as frutas também tiveram uma alta  de 11,65%. As que mais subiram foram o morango (30,1%), melancia (24,2%), mamão (20,3%) e maçã (11,4%).

Veja o ranking de alta nos alimentos

  • Cebola de cabeça: 38,6%
  • Morango: 30,1%
  • Melancia: 24,2%
  • Batata inglesa: 22,9%
  • Mamão: 20,3%
  • Maçã: 11,4%

Chuva é principal culpada por aumento de preço, explica especialista

Conforme Bruna Soto, economista da Udesc e uma das responsáveis pelo IVC, os preços foram afetados pela chuva que atingiu SC e pela sazonalidade.

“Além da sazonalidade que esse produtos enfrentam, a chuva dificultou a oferta”, pontuou.

Já Haroldo Tavares, analista da Epagri/Cepa, explica que no caso dos tubérculos, raízes e legumes, o que afetou foi o fato da chuva, além de cair em excesso, ocorrer sem interrupções.

“Muitos dias de chuva que não permite trabalhos de campo. No caso dos tubérculos, em regiões produtoras, impede até a colheita em alguns aspectos e também prejudica o plantio e os trabalhos de campo”, pontua.

“Qualquer semana sem colheita já afeta o mercado na semana seguinte, na reposição de produtos, no transporte, na colheita em especial. Então isso é reflexo diretamente das chuvas intensas em outubro”, completa.

Ainda conforme o especialista, a chuva também impediu que agricultores fizessem o trabalho de proteção das plantas, por meio das pulverizações.