Santa Catarina já realizou cinco transplantes de coração em 2023

Santa Catarina assinalou a realização de cinco transplantes cardíacos desde o início do ano até agosto, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES). De forma notável, na terça-feira (29), o estado não tinha nenhum paciente em fila aguardando o procedimento.

Joel de Andrade, coordenador de transplantes em Santa Catarina, informou que o intervalo médio de espera para um transplante de coração no estado é aproximadamente de quatro meses. Anualmente, Santa Catarina registra entre 8 a 10 procedimentos deste tipo. Estes números diferem significativamente da média observada em outros cenários epidemiológicos nacionais e internacionais.

Para oferecer uma comparação, apenas na semana de 19 a 26 de agosto, o Brasil realizou 11 transplantes de coração. Destes, sete ocorreram no estado de São Paulo. Estas estatísticas foram divulgadas pelo Ministério da Saúde, logo após o conhecido apresentador Faustão ter passado por tal cirurgia em 27 de agosto. De acordo com a pasta, a condição crítica de saúde do apresentador fez com que ele fosse priorizado na lista.

Entendendo a fila de transplantes

A lista de espera é elaborada considerando a gravidade do quadro de saúde do paciente. Aqueles que necessitam de internação constante têm prioridade sobre os que aguardam em suas residências.

Andrade elucidou: “Para os transplantes cardíacos, diversos critérios são levados em consideração. Inicialmente, existe uma fila distinta para cada tipo sanguíneo. O tempo de espera e a gravidade são os fatores determinantes. Além disso, peso e altura do paciente também são considerados.”

A compatibilidade sanguínea entre doador e receptor é essencial. Logo, nem sempre o primeiro paciente na lista é o que recebe o transplante primeiro.

O último procedimento realizado em Santa Catarina ocorreu em 25 de agosto, com o paciente aguardando cerca de 14 dias. Habitualmente, a formação da lista segue critérios como: ordem de inscrição, gravidade da condição, compatibilidade sanguínea, compatibilidade física e distância geográfica – com o órgão precisando ser transplantado no período de até 4 horas após a retirada.

Fonte: Clicsc