Após diversos órgãos de monitoramento do clima alertarem sobre a vinda de um ciclone extratropical para Santa Catarina, a Defesa Civil Nacional reuniu as informações para prestar esclarecimentos e orientações para a população catarinense e também ao Rio Grande do Sul. A coletiva para a imprensa ocorreu no MIDR (Ministério da Integração Desenvolvimento Regional) nesta terça-feira (11).
Em SC, nesta terça-feira cidades da região Oeste contabilizam os estragos causados pelo fortes ventos e chuvas, consequência do ciclone que atua próximo ao Estado.
Participaram do pronunciamento Tiago Molina Schnorr, coordenador do Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), Naur Teodoro Pontes, diretor do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Márcia Seabra, meteorologista e coordenadora-geral de meteorologia aplicada, desenvolvimento e pesquisa do Inmet.
De acordo com Márcia, a preocupação maior se dá com o Rio Grande do Sul, já afetado por fortes chuvas no mês de junho. Com médias previstas acima dos 100 milímetros, o ciclone já atinge o estado nesta quarta-feira (12).
“Tem previsão de muita chuva pro Rio Grande do Sul entre quarta e quinta, com mais de 100 milímetros. A atenção especial se deve para região metropolitana de Porto Alegre. Os ventos são tão fortes quanto aqueles que atingiram o estado no mês passado, mas com abrangência maior. O aviso da Marinha fala em ondas 4 a 4,5 metros, por isso os navegantes devem acompanhar as informações da Marinha”, informou Márcia Seabra.
Segundo o Inmet, em Santa Catarina o ciclone deve ser mais forte na região Sul, até o município de Laguna. O que não significa que o restante do estado não vá ter influência do sistema, uma vez que os ventos devem atingir a costa brasileira até São Paulo.