Com o fim da campanha de vacinação contra a influenza em todo o país na sexta-feira (30), Santa Catarina atingiu 50,4% do público-alvo, ficando abaixo do esperado. A situação preocupa se confrontada com dados das influenzas A e B em 2023 no estado: são 468 casos confirmados e 31 mortes. A vacina segue disponível nos postos de saúde enquanto durarem os estoques.
O último relatório da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) aponta 363 casos de Influenza A e 105 de Influenza B, resultando em 31 mortes.
Em comparação aos últimos cinco anos, inclusive aos anos antes da pandemia, percebe-se um aumento significativo no número de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por influenza nos primeiros meses do ano de 2023.
Os dados da Dive/SC mostram que os grupos mais afetados pela doença são as crianças com menos de 9 anos de idade, que representam 38,67% dos casos de SRAG, seguido das pessoas com mais de 60 anos de idade, com 29,9% dos casos.
De acordo com a gerente de imunização da Dive/SC, Arieli Schiessl Fialho, esse cenário indica uma transmissão acelerada, que pode se intensificar considerando o período de sazonalidade na transmissão dos vírus respiratórios.
Cinco crianças morreram vítima da influenza em SC
Entre as 31 mortes pela doença, cinco foram crianças, sendo uma de 8 anos, uma de 1 ano de idade e três com menos de 1 ano. Destas, três não apresentavam nenhum tipo de comorbidade.
O grupo das crianças, incluído entre os prioritários, vacinou somente 40% do público-alvo em Santa Catarina, sendo aplicadas 234.981 doses das 534.799 esperadas.
Entre os idosos, o esperado era imunizar 1.148.201, mas foram aplicadas apenas 649.608 (56%) doses.
“A orientação é que os municípios que ainda possuem doses em estoque continuem a vacinação. Quem faz parte dos grupos vulneráveis e ainda não tomou a vacina, procure a sala de vacina do seu município para se vacinar”, reforça Ariel.
Medidas de prevenção orientadas pela Dive/SC
- Vacinação anual contra a Influenza;
- Lavar as mãos com frequência;
- Usar máscara;
- Evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosa de olhos, nariz e boca;
- Manter superfícies e objetos que entram em contato frequente com as mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos limpos com álcool;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres;
- Atenção aos sintomas: febre, tosse, dor de garganta e dores nas articulações musculares ou de cabeça. É fundamental ao apresentar esses sinais/sintomas, procurar o serviço de saúde mais próximo da residência para o tratamento adequado, em especial os portadores de fatores de risco para agravamento e óbito (idosos, crianças, doentes crônicos etc.), pois estes têm maior probabilidade de apresentar complicações quando infectados pelo vírus influenza.