A safra da tainha começou distante do planejado pelos pescadores do Sul do Estado. A previsão inicial era capturar cerca de 200 toneladas ao longo da temporada, porém, com o mês de maio praticamente perdido, o objetivo caiu pela metade. Na área da Colônia Z-33, em Balneário Rincão, cerca de 500 famílias dependem da pesca e tem a tainha como carro-chefe no faturamento.
Segundo Rogério Feliciano Cardoso, presidente da Colônia Z-33, apenas cinco toneladas de tainha foram capturadas nestes primeiros 29 dias de safra, isto levando em conta as 24 canoas que atuam na região. “Estamos desesperados, o tempo tem que colaborar, que dê frio e mar baixo. Acredito que não vamos chegar a 100 toneladas, só se der bastante daqui para frente”, argumenta.
Neste final de semana, cerca de 1.500 quilos foram capturados no Farol de Santa Marta, em Laguna. Isto traz otimismo para os pescadores da Z-33, mas a previsão do tempo segue desfavorável para a pesca. “Até o momento é muito ruim, não teve ano igual a esse. O tempo está muito quente e o calor não deixa o peixe vir pra praia desovar. A grande embarcação, se tivesse pescando, espalharia o cardume grande para a praia, mas sem ela o cardume corre livre”, explica.
No ano passado, a safra da tainha somou cerca de 70 toneladas capturadas entre Laguna e Passo de Torres. Em 2021 foram 160. “O ano passado, que não deu nada, nos primeiros dias dei lance com 2.500 quilos. Depois, foram mais 2.500. No total, peguei 5.800 quilos. O carro-chefe é a tainha, o resto é apenas intermediário”, afirma o presidente da Colônia Z-33.
A temporada da tainha encerra no dia 31 de julho.