Pelo Estado
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) liberou nesta quinta-feira (22) recursos que vão viabilizara construção de mais uma estrutura para geração de energia na região Oeste do Estado.
Foto Divulgação/BRDE
O evento foi em Chapecó e reuniu representantes do Governo do Estado e dos 75 acionistas do projeto.
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) liberou nesta quinta-feira (22) recursos que vão viabilizara construção de mais uma estrutura para geração de energia na região Oeste do Estado. O evento foi em Chapecó e reuniu representantes do Governo do Estado e dos 75 acionistas do projeto. A Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Barra da Europa fica no rio Burro Branco, na divisa dos municípios de União do Oeste e Pinhalzinho. E vai demandar investimentos de R$ 40 milhões, dos quais R$ 20 milhões financiados pelo BRDE.Com 4,60 MW de potência instalada a Barra da Europa deve ser inaugurada – e entrar em operação – até março de 2022.
“Este é um entre inúmeros projetos de geração de energia renovável que estamos financiando no Estado, em especial na região Oeste”, destacou o Diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito, Marcelo Haendchen Dutra.
Segundo ele, o BRDE, disponibilizou em 2020 mais de R$ 90 milhões para implementação de pequenas centrais geradoras. Neste ano são R$ 23 milhões já contratados, R$ 96 milhões aprovados e mais R$ 200 milhões em análise.
“Investimentos neste tipo de projeto garantem que o Estado melhore sua infraestrutura e isso dá mais segurança a quem investe aqui”, destacou o Governador Carlos Moisés, que acompanhou o ato.
Crise hídrica acelera investimento
O movimento de empresários e investidores para garantir autonomia na geração de energia coincide com o período de estiagem que atinge boa parte do Brasil. O mês de maio deu início à um período de chuvas abaixo da média em boa parte do país, o que indica um “patamar desfavorável de produção” de eletricidade, diz a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A situação se repete há anos e tem levado empreendedores da região Sul a buscar o apoio de instituições como o BRDE para reforçar investimentos em alternativasde geração Além dePCH´s e CGH’s, obanco financia projetos de energia fotovoltaica, eólica e de biomassa.
“Não se trata apenas de garantir oferta em período de escassez. O empreendedor sabe que a energia é um insumo caro em qualquer linha de produção. E ter gerência sobre esse custo faz todo o sentido para quem pretende se tornar mais competitivo”, reforça o Diretor Financeiro do BRDE, Vladimir Arthur Fey.
A maior parte dos projetosde geração de energia são financiados através do programa Produção e Consumo Sustentável (PCS). A linha de financiamento tem fontes como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) que disponibilizou R$ 425 milhões apenas para financiar empreendimentos sustentáveis na região Sul.
“Os projetos são extremamente atrativos porque, além do baixo impacto ambiental, se implantam no curto prazo e tem umpayback muito rápido. O investimento de uma usina fotovoltaica se paga entre 5 e 8 anos e a vida útil destas estruturas é de pelo menos 25 anos”, destaca o Diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito Marcelo Haendchen Dutra. Segundo ele usinas eólicas tem a mesma vida útil, enquanto as PCH´spodem chegar a 30 anos.