A sessão do Tribunal Especial de Julgamento, que analisa o processo de impeachment do governador Carlos Moisés entrou em recesso às 2015min até às 21h15min desta sexta-feira (26), após o voto de quatro desembargadores e três deputados. O governador de Santa Catarina é acusado de crime de responsabilidade na compra de 200 respiradores artificiais com pagamento antecipado de R$ 33 milhões sem que os equipamentos fossem entregues.
Até o momento, após o voto do deputado Valdir Cobalchini (MDB), o placar está em 4 a 3 a favor da continuidade das investigações e consequente afastamento de Carlos Moisés do governo do estado.
Antes Cobalchini, os deputados Marcos Vieira (PSDB) e José Milton Scheffer (PP) também votaram pelo arquivamento. Já o desembargadores Rosane Portela Wolff, (relatora); Sônia Schmidt, Roberto Pacheco e Luiz Zanelato apontaram pela sequência das investigações.
Ainda faltam votar, pela ordem, o deputado Fabiano da Luz (PT), o desembargador Luiz Fornerolli e o deputado Laércio Schuster (PSB).
Entenda a denúncia
O tribunal analisa se o governador cometeu crime de responsabilidade na compra dos 200 respiradores artificiais junto à Veigamed, com pagamento antecipado de R$ 33 milhões, em março do ano passado. Os equipamentos nunca foram entregues e o Estado ainda não recuperou o montante pago à empresa.
Com base em denúncia apresentada em agosto por 16 pessoas, a Assembleia Legislativa autorizou, em outubro, a abertura do processo de impeachment contra o governador. O tribunal que julgará Moisés foi instalado em 30 de outubro. A sessão para votação do relatório estava marcada para 14 de dezembro, mas, após o pedido para compartilhamento de informações do inquérito sobre o caso no STJ, o presidente do tribunal decidiu suspendê-la.