Aproximadamente um terço do valor em créditos liberados pelo BRDE em Santa Catarina em 2020 foram destinados ao agronegócio. O setor recebeu R$ 316 milhões – o maior volume em contratações desde 2017. Só as cooperativas juntas tiveram cerca de R$ 230 milhões em recursos aprovados pelo banco. “Este número mostra a importância do trabalho do BRDE para Santa Catarina. O banco tem uma visão de sustentação do desenvolvimento, ou seja, de ser parceiro para o crescimento econômico e não somente de financiador”, ressalta o diretor financeiro, Marcelo Haendchen Dutra.
Uma das últimas operações realizadas entre o BRDE e a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro) vai permitir melhorias em mais uma unidade de produção no estado. O recurso disponibilizado pelo banco para financiamento é de R$ 20,6 milhões. A parceria é para reforma e modernização da unidade de produção de fertilizantes em São Francisco do Sul, no Norte do estado, contemplando investimentos em obras civis, instalações e equipamentos.
Das três linhas de produção existentes, duas serão modernizadas e uma será inteiramente substituída, para obter avanços na produtividade, precisão e qualidade dos fertilizantes. Ainda serão executadas obras de adequação em um galpão para utilizá-lo na armazenagem de grandes volumes de matérias-primas.
Para o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito do BRDE, Vladimir Arthur Fey, as ações executadas pelo banco em 2020 permitiram aumentar a capacidade de apoio ao setor e, de forma geral, para Santa Catarina. “Foram mais de 2,7 mil operações – número de contratações quase 60 por cento maior do que o comparado a 2019 e ainda destaque como uma das maiores pulverizações já realizadas pelas agências do banco”, ressalta.
Todas as regiões do estado e diferentes atividades econômicas tiveram créditos liberados pelo BRDE, “comprovando a forma plural de atuação do banco, contribuindo de maneira decisiva para o desenvolvimento harmônico do Estado”, reforça ainda Fey.
Repactuação das dívidas ajudou quem vive no campo
Além da liberação de crédito, mais de 1,3 mil empreendedores, entre eles agricultores, foram beneficiados com a postergação dos contratos por pelo menos seis meses. Foi uma espécie de “congelamento da dívida” durante o período mais crítico da pandemia. Somadas as parcelas postergadas desde o mês de março, quando empresas, prefeituras e trabalhadores do campo deixaram de desembolsar, o valor chega a aproximadamente R$ 115 milhões.